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sexta-feira, 17 de junho de 2011

Ineficiência do Estado é mais grave que carga tributária, diz Delfim --> Fiscalização não vai mais poupar micro e pequenas --> Você sabia que usar um estabilizador não serve para nada? --> QUEIMA DE ARQUIVO





Apesar de já ser mais velho, continuo a aprender com os meus discípulos. (Cícero) 

Mal por mal, melhor cadeia que hospital

Ineficiência do Estado é mais grave que carga tributária, diz Delfim - http://economia.estadao.com.br/noticias/economia+brasil,ineficiencia-do-estado-e-mais-grave-que-carga-tributaria-diz-delfim,70015,0.htm

    Segundo ex-ministro da Fazenda, deficiência 'não está no setor privado, mas no setor público'
    O economista e ex-ministro da Fazenda, Delfim Netto, propôs nesta sexta-feira, 3, que a sociedade passe a defender a melhora da eficiência do uso dos impostos, em vez de insistir em pedir a redução da carga tributária. "O Brasil cresceu muitos anos a 7,5% ao ano, com carga tributária de 24%, sendo que o governo investia 5%. Hoje, o Estado toma 36% do setor privado em carga tributária, mais 3% de déficit nominal, e investe 1,5%. Não adianta insistirmos em reduzir a carga tributária, o problema é a eficiência do gasto, o que é tomado da sociedade e o que é devolvido. É possível melhorar a eficiência do uso e permitir que o PIB (Produto Interno Bruto) cresça 5% ao ano. O problema da deficiência não está no setor privado, mas no setor público", disse o ex-ministro, ao participar da 22.ª edição do Congresso do Aço, na capital paulista.
    Já o presidente da Confederação Nacional da Indústria (CNI), Robson Braga de Andrade, afirmou que a necessidade de reformas é urgente. "A sociedade conhece as necessidades do País, mas a demora para se tomar decisões cria as grandes dificuldades que estamos enfrentando", disse. Entre as dificuldades, ele citou câmbio, carga tributária excessiva e juros elevados. "Se fizermos mudanças necessárias do ponto de vista de carga tributária e juros, temos um longo crescimento para os próximos anos."
    O presidente da Câmara de Políticas de Gestão, Desempenho e Competitividade, Jorge Gerdau Johannpeter, disse que a arrecadação que o governo faz "não é transparente". Ele citou como exemplo os impostos cobrados sobre a energia elétrica para os consumidores residenciais e industriais, cujas alíquotas são desconhecidas pela maioria dos contribuintes. Gerdau defendeu que capital e trabalho se juntem para debater os problemas do País. "Temos de saber onde queremos chegar 20 anos para frente e corrigir isso a cada dois anos porque o mundo muda de novo", afirmou.
    Em relação ao pré-sal, Gerdau disse que se trata de riqueza não para ser gasta, mas investida. "Se começarmos a torrar o dinheiro do pré-sal, vai durar 20, 30 anos, e como é que se faz quando essa riqueza acabar?". Segundo Gerdau, países que possuem riqueza de petróleo são pobres, caso da Venezuela.
    O ex-ministro Delfim Netto afirmou que petróleo é um produto nobre demais para ser exportado. "Se o Brasil decidir exportar petróleo, vamos voltar para trás. Temos tudo para construir uma grande indústria do petróleo, usando o que ele tem de melhor, que não é ser dissipado em transporte", disse. "Não devemos perder nenhuma oportunidade, devemos utilizar recursos da melhor maneira possível, mas não podemos fazer isso sem ampliar de maneira importante o setor de indústria e serviços."
    Delfim ressaltou que a expansão da China a partir de 2003 foi um presente que o Brasil ganhou. "Isso elevou o crescimento das exportações. Estávamos preparados para fazê-lo", disse.
    Gerdau citou que  a demanda da Ásia por  commodities resolveu o problema da balança comercial brasileira. "O Brasil devia fazer uma estátua aos empresários do setor primário", disse Gerdau, acrescentando que o País tem hoje dependência total "desse paraíso que é a Ásia". "As commodities e o minério só vão para frente", disse Gerdau.

Fiscalização não vai mais poupar micro e pequenas - http://4mail.com.br/Artigo/ViewFenacon/007356030901254

    Segmento é tão visado pelo fisco quanto as maiores; junto representa 99,2% das empresas brasileiras e respondem por 60% dos empregos formais
    Micro, pequenas e médias empresas (MPEs) são tão visadas pelo fisco quanto as empresas maiores. E se até recentemente os empresários se sentiam protegidos pelo 'mar' de empresas, e aparente incapacidade dos órgãos competentes de fazer uma fiscalização efetiva devido ao seu grande número; é importante saber que há muito a situação já mudou. ''Com a informatização dos procedimentos e criação de ferramentas, o governo vem apertando cada vez mais a malha já fina com que filtra as informações de todos os contribuintes. Situação que somada às multas tornam muito mais saudável para qualquer empresa cumprir suas obrigações fiscais'', analisa o presidente do Sescap-Londrina e empresário da contabilidade, Marcelo Odetto Esquiante.
    A falta de cuidados pode acarretar grandes prejuízos afirma, e qualquer inconsistência na declaração, seja por erro administrativo ou por operação viciosa de transação, pode ser detectada. Atrasos ou omissões na entrega da declaração, por exemplo, acarretam multa de R$ 5 mil por mês ou fração.
    O empresário ressalta que os órgãos têm focado seu trabalho na investigação, no que se usa chamar de ''trabalho de inteligência''. A base é simples, em vez de ''dar batidas'' nas empresas na tentativa de constatar irregularidades, o órgão investe no levantamento de dados, traça o perfil dos contribuintes de forma individual estabelecendo um parâmetro. ''Com este parâmetro em mãos, toda e qualquer discrepância nas informações fica evidente e serve como indício de irregularidade, levando a uma investigação mais profunda'', confirma o delegado da Regional da Receita Federal de Londrina, Luiz Fernando da Silva Costa.
    O delegado assumiu no início do mês e já anunciou que entre suas prioridades está a otimização da estrutura e gerenciamento da equipe que trabalha com os dados dos contribuintes. O objetivo é aumentar agilidade e os índices de sucesso das ações de fiscalização.
    O conceito de que os órgãos estão mais focados nos 'peixes grandes', também não é norma. Esquiante analisa que desde quando o governo implantou o Sistema Público de Escrituração Digital (Sped), em janeiro de 2007, iniciou-se um processo de modernização da fiscalização nas empresas em todo o País.
    ''Os altos investimentos em tecnologia têm sido feitos para que, em futuro próximo, não seja mais necessária a presença do fiscal nas empresas, independente do porte da organização'', acrescenta. Embora as micro, pequenas e médias empresas representem apenas cerca de 20% do PIB nacional, juntas elas são 99,2% das empresas brasileiras, respondem por 60% dos empregos formais, cerca de 14 milhões. Para se ter uma idéia do volume de recursos que movimentam, segundo a Agência de Promoção e Exportação Brasil, elas responderam por 12% das exportações em 2010, algo em torno de US$ 8 bilhões.
    Inserido no Programa de Aceleração do Crescimento (PAC), o Sped veio para unificar as atividades de recepção, validação, armazenamento e autenticação de livros e documentos que integram a escrituração comercial e fiscal das empresas. Representou para o governo federal um avanço nas relações entre o Fisco e os contribuintes, já que antes do Sped, muitos impostos deixavam de ser recolhidos. A Escrituração Fiscal Digital do Pis e Cofins (EFD-Pis/Cofins) veio como mais um reforço contra a informalidade e a sonegação. Seu objetivo é claro: dificultar o uso de créditos originados de operações não previstas expressamente em lei ou instrução normativa da Receita Federal.
    Com estas ferramentas, o governo passou a ter, desde 1º de abril deste ano, o controle de todos os contribuintes que se utilizam de débitos e créditos nas suas transações, sejam comerciais, industriais e de prestação de serviços. Hoje mais de 10 mil empresas, cuja receita bruta anual ultrapassou R$ 90 milhões em 2009, já estão sob vigilância eletrônica do Fisco, número que em janeiro de 2012, chegará a mais de 1,5 milhão.

Você sabia que usar um estabilizador não serve para nada? - http://www.tecmundo.com.br/10658-voce-sabia-que-usar-um-estabilizador-nao-serve-para-nada-.htm?baixaki

Conectar o computador nesses aparelhos pode não ser uma boa ideia. Confira agora quais são os motivos para essa afirmação.
    Pare tudo o que está fazendo e olhe para o seu computador. Responda para você mesmo: onde ele está conectado? A resposta que a grande maioria dos usuários deve dar é a mesma: estabilizador. O equipamento é responsável pela conexão de aparelhos eletrônicos a tomadas na casa dos brasileiros há décadas, antes mesmo de existirem os computadores pessoais.
    Isso acontece porque, desde os idos de 1940, o Brasil sofre com a instabilidade na tensão das redes elétricas, o que pode causar problemas sérios aos aparelhos eletrônicos. Mas você já se perguntou se os estabilizadores realmente conseguem estabilizar as correntes elétricas para mandar um sinal limpo aos dispositivos?
    O Tecmundo foi atrás das informações para mostrar se a afirmação “Usar um estabilizador não serve para nada” é realmente correta. Aproveite este artigo para tirar todas as dúvidas que você possui em relação aos aparelhos e também para saber se vale a pena utilizar estabilizadores para ligar os seus eletroeletrônicos.
O que prometem?
Quando um estabilizador é comprado, os consumidores estão esperando uma série de vantagens para seus equipamentos. Promete-se aos usuários, que os dispositivos serão os principais responsáveis pelo nivelamento da tensão elétrica (voltagem) da rede. Com isso, picos de energia não afetariam diretamente os aparelhos.
    Teoricamente, sempre que a rede elétrica sobe de tensão, os estabilizadores entram em ação para regular a voltagem aplicada a cada aparelho e evitar que eles sejam queimados. Quando a rede baixa sua tensão, o processo ocorre de maneira inversa: ele é utilizado para aumentar a tensão e não deixar que os eletrônicos sejam desligados. Ressaltamos: teoricamente.
O que eles realmente fazem?
    Pode-se dizer que os estabilizadores servem para queimar no lugar dos aparelhos. Como assim, Tecmundo? É simples, todos eles são construídos com um fusível de proteção, que é queimado em situações de tensão muito instável da rede elétrica. Quando isso acontece, o estabilizador deixa de funcionar e o fornecimento de energia é interrompido.
    Dessa forma, a instabilidade na tensão (possíveis sobrecargas) não chega diretamente aos eletroeletrônicos e estragos maiores são evitados. Fora isso, também se pode dizer que estabilizadores são excelentes extensores de capacidade para tomadas (os populares “Benjamins” ou “Tês”). Isso porque permitem que vários aparelhos sejam ligados em uma mesma tomada, mas sem riscos de curto-circuito (um perigo existente).
    Nós contatamos o professor do Departamento de Eletrotécnica da Universidade Tecnológica Federal do Paraná, Eduardo Romaneli, doutor em Eletrônica de Potência, para trazer um parecer técnico ao artigo. Ele nos deu várias informações que comprovam a ineficácia dos estabilizadores em redes domésticas no Brasil.
    Segundo ele, atualmente, com o desenvolvimento de fontes de alimentação universais que atuam automaticamente em redes de 127 V ou 220 V, o uso de estabilizadores é desnecessário. O professor pondera também que estabilizadores não têm capacidade para atuar na qualidade da energia elétrica, por isso, as redes com altos níveis de poluição não têm suas tensões corrigidas (inclusive, há casos em que a qualidade do sinal entregue aos dispositivos eletrônicos é inferior ao da rede comercial).
    Romaneli afirma ainda que os melhores estabilizadores oferecem tempos de resposta em torno de 8,3 milissegundos, o que ainda é considerado muito alto. Esse tempo de resposta, quando muito alto, pode ser responsável por falhas de funcionamento em aparelhos sensíveis. Outro ponto negativo é a limitação do efeito de estabilização da tensão limitada a alguns patamares fixos.
    Dessa forma, fica claro que a real funcionalidade dos estabilizadores está muito aquém do que se espera de um dispositivo eletrônico de manutenção elétrica. Então surge outra dúvida na cabeça dos usuários: existe algo que possa ser utilizado para uma manutenção da tensão elétrica que seja realmente eficaz?
Filtros de linha: um pouco menos de decepção
    Filtros de linha são um pouco melhores do que estabilizadores, mas estão bem longe de serem os verdadeiros salvadores. A grande maioria deles não corrige problemas na rede elétrica, passando o mesmo ruído recebido pela tomada para os aparelhos que estiverem conectados. Pelo menos é isso que acontece com os filtros mais baratos do mercado.
    Quem pode gastar um pouco mais encontra nos filtros de linha com suporte para filtragem eletromagnética uma boa opção. O problema é que, no Brasil, esse tipo de componente é raro e a grande maioria dos “filtros” não passa de extensões. Isso acontece porque não há componentes de filtragem, apenas o fusível para bloquear possíveis surtos de tensão (igual ao que acontece com os estabilizadores).
Qual a verdadeira salvação?
    Infelizmente, a alternativa que realmente funciona é um pouco mais cara do que estabilizadores e filtros de linha. Estamos falando dos no-breaks. Esse tipo de componente elétrico oferece proteção em quatro frentes diferentes:
Proteção contra surtos de tensão;
Proteção contra queda de tensão;
Proteção contra queda na energia (falta de luz);
Proteção contra oscilação da frequência.
    Dentro do segmento dos no-breaks, ainda é possível dividi-los em dois tipos diferentes. Os no-breaks offline, que são os mais comuns e baratos, são muito indicados para residências, pois conseguem armazenar energia elétrica em suas baterias para suprir a necessidade por curtos períodos de tempo, além de manter o sinal elétrico estável e limpo.
    Já grandes servidores costumam utilizar no-breaks online, que são o que existe de mais completo em termos de prevenção de problemas elétricos. Esse tipo de aparelho está em constante troca de energia, pois alimenta os computadores (por exemplo) com a carga da bateria, ao mesmo tempo em que se recarrega pela energia oriunda das tomadas.
    Segundo o já mencionado professor Eduardo Romaneli, são os no-breaks online que oferecem segurança e estabilidade mais confiáveis. O problema, como já dissemos, são os altos custos para a aquisição deles. Por isso, estima-se que a maioria esmagadora desses no-breaks está instalada para alimentar servidores e centrais vitais para as empresas.
    Nota-se, portanto, que em instalações elétricas domésticas é muito mais recomendado o uso de no-breaks offline. Mas isso somente em locais onde a rede elétrica é instável demais, causando surtos de sinal que possam ocasionar estragos nos aparelhos eletrônicos. Em redes mais estáveis, a utilização de filtros de linha com suporte a filtragens eletromagnéticas seria suficiente.

QUEIMA DE ARQUIVO - Percival Puggina

             Aprendi de criança que não se deve levantar falso testemunho ou acusar sem prova, e que a honra alheia deve ser respeitada até incontestável evidência em contrário. É uma regra que sempre sigo, independente de qualquer alinhamento político, seja com parceiros, seja com adversários. Trata-se de incontornável convicção moral.
            Não agiria de modo diferente em relação ao ex-ministro Palocci no caso de seu súbito enriquecimento. No entanto, quando o ministro se demite porque não quer ou não pode esclarecer a excepcional atividade de sua empresa de consultoria, subitamente transformada numa administradora de imóveis, resulta impossível não extrair dos fatos algumas inevitáveis conclusões.
            A primeira diz respeito a haver ele preferido trocar o cargo de ministro por um lugar no epicentro de nebuloso conjunto de suspeições. A diferença entre sigilo profissional ou segredo político é tão sutil que político algum deveria expor-se a uma situação dessas. E nenhuma empresa séria deveria correr o risco de integrar a lista de clientes de tal personagem em qualquer das hipóteses, seja como serviço profissional, seja como serviço político. Não é absolutamente abusivo, sob o ponto de vista moral, tratando-se de um deputado, de um ex-ministro da Fazenda e de um homem público que até anteontem ocupava a mais importante pasta do governo da União, supor que a silenciosa demissão de Palocci seja uma discretíssima queima de arquivo.
            Surge, então, a segunda questão. A demissão de Palocci deixou no ar um cheiro de papel queimado. E sequer esse odor suscitou no Procurador-Geral da República aquilo que ele chama de “indício idôneo” a justificar uma investigação que, além do desfibrado Congresso Nacional, só ele poderia autorizar. Convenhamos, nem mesmo o PT quis abraçar a bronca que o dr. Roberto Gurgel, do alto de seu elevadíssimo cargo, matou no osso do peito.
            E vem daí a terceira questão. A Constituição Federal criou certas encrencas sem solução razoável. Uma delas é a de que cabe à Presidência da República a atribuição de nomear o membro do MP que tem a prerrogativa exclusiva de investigar e denunciar as mais altas autoridades do governo. Entre elas o próprio presidente. Não se trata de servir a dois senhores, é claro. Mas por que – oh raios – eu não consigo pensar em analogia melhor?
            A encrenca acima descrita trava o curso da Justiça, também, numa outra direção. Em casos de corrupção (e eu não estou afirmando que seja esse o caso em tela) os arquivamentos dos processos de investigação criam outro grupo de protegidos. Refiro-me aos agentes ativos do processo de corrupção. A proteção, ou a tolerância, ou o desinteresse em investigar protege, simetricamente, as empresas que possam estar no outro polo de uma relação suspeita.
            A situação faz lembrar algo recorrente em nosso país. Muitas vezes, os corruptos se tornam conhecidos e enfrentam – impunes, é verdade – a rejeição social. Mas os corruptores, parte ativa na relação, são protegidos num verdadeiro sacrário onde ninguém entra. Por quê? Porque ninguém é bobo de matar a galinha dos ovos de ouro, ora essa.

 Relaxe/Curiosidades

A tia vira-se para a Suzy e pergunta:
- O que você vai fazer quando for grandona como a titia?
- Um regime!

O chefe chama um dos seus funcionários e fala:
— Eu quero dizer que você tem demonstrado grande capacidade e competência no desempenho de suas funções. Veja que você entrou aqui como escriturário, não faz nem um ano. E tudo isso, apesar de sua pouca idade, pois sequer completou 18 anos, você teve uma rápida ascensão. Apenas dois meses depois de chegar, você logo foi promovido a supervisor. Mais 3 meses e você foi designado chefe de sua seção. Não demorou nem 3 meses e logo recebeu outra promoção: foi designado chefe do departamento. Hoje, apenas 2 meses depois e você já é um de nossos diretores. O mais influente deles. Como eu gosto de saber a opinião de nossos colaboradores, eu pergunto: você está satisfeito conosco, com suas atividades, com suas promoções por merecimento e com o seu salário?
— Estou sim, papai.

Como os faraós eram embalsamados?
Em primeiro lugar, cérebro, intestinos e outros órgãos vitais eram retirados. Nessas cavidades, colocavam-se resinas aromáticas e perfumes. Depois, os cortes eram fechados. Mergulhava-se, então, o cadáver num tanque com nitrato de potássio (salitre) para que a umidade do corpo fosse absorvida. Ele permanecia ali por setenta dias. Após esse período, o corpo era lavado e enrolado numa bandagem de algodão, com centenas de metros, embebida em betume, uma substância pastosa. Só aí o morto ia para a tumba. Esse processo conservava o cadáver praticamente intacto por séculos. A múmia do faraó Ramsés II, que reinou no Egito entre 1304 e 1237 a.C., foi encontrada em 1881 apenas com a pele ressecada. Os cabelos e os dentes continuavam perfeitos. Em 2006, arqueólogos da Universidade de Mêmfis encontraram 5 múmias intactas em uma tumba no Vale dos Reis, no Egito. Ela ficava a 5 metros do túmulo do faraó Tutankamon, descoberta em 1922.

Pum silencioso é mais fedido?
Na verdade, o fedor de um traque de sucesso não tem nada a ver com o barulho que ele faz. "Todos os cheiros que quase matam a gente dependem do que você comeu e do tipo de bactéria que você hospeda na sua barriga", conta Fátima Mesquita, autora do Almanaque de puns, melecas e outras coisas nojentas - lançado pela editora Panda Books. Geralmente, os puns mal-cheirosos possuem em sua composição o sulfeto de hidrogênio e também o metil-mercaptano, gases à base de enxofre, e que contribuem para o tenebroso cheiro de coisa podre. Esses gases são produzidos por bactérias durante a digestão de alimentos como o tão temido repolho, a carne, ovos e a couve-flor. O pum com trilha sonora não tem qualquer relação com o bodum. É tudo uma questão de estresse. O pum é barulhento quando faz vibrar os músculos do esfíncter, a parte interna do ânus. "O som depende da pressão, da velocidade com que o gás vem descendo e também do apertume dos músculos. Quando mais relaxada a musculatura da região, menos barulho o pum faz", explica a autora.

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