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sexta-feira, 25 de março de 2011

Como expandir uma rede no varejo: pelo simples, real ou presumido? ---> Fim do meramente contábil ---> É mais fácil trocar de cliente contábil do que mudar seu conceito ---> Como se tornar um gostosão intelectual


Grosseria chama grosseria.

Há duas espécies de tolos: os que não duvidam de nada e os que duvidam de tudo. Principe de Ligne (Carlos José Ligne)


Como expandir uma rede no varejo: pelo simples, real ou presumido? - http://www.jornalcontabil.com.br/v2/Artigos/430.html - Tiziane Machado

    Existem no mercado corporativo algumas soluções estratégicas para expandir uma rede de varejo e, dentre elas, as mais utilizadas são: o sistema de franquias, a abertura de capital e o crescimento através de investimento próprio.
    Contudo, e anterior a esta decisão, o empresário ao iniciar suas operações – geralmente como um pequeno varejo – apura seus tributos, salvo dispositivo em contrário, através do Simples Nacional.
    Permanecer neste regime de tributação é aparentemente interessante e lucrativo, portanto, torna-se natural a tendência da abertura de novas lojas utilizando o mesmo modelo de negócio. Ocorre que, para isso se tornar viável, é necessário o envolvimento de um novo empresário, normalmente "escolhido" entre os familiares do empresário original. A cada expansão, um terceiro parente se torna presente, até o momento em que o valor do faturamento adquirido por um número de lojas excede a faixa limite do Simples Nacional, acarretando automaticamente sua exclusão. Por outro lado, ocorre a carência de "novos empresários" disponíveis. É neste lapso que o principal executivo da empresa se vê diante de um grande dilema: permanecer no Simples ou migrar para outro regime de tributação?
    Normalmente, quando isto acontece, a rede já está de alguma forma fragilizada e a solução mais adequada para este problema chama-se elisão fiscal, mais conhecida como planejamento tributário. Este novo projeto jurídico fiscal, que deverá ser realizado por um advogado tributarista, terá como objetivo identificar qual a forma mais econômica para alavancar à lucratividade da empresa, assim como planejar a sua correta expansão.
    Vale destacar que gerir muitas unidades de negócio no Simples Nacional não significa estar com a estratégia mais eficaz para a obtenção de lucros, já que no Lucro Real os custos e despesas gastos pelas lojas são passíveis da dedutibilidade, como por exemplo: ICMS incidente sobre as vendas, as taxas cobradas pelas administradoras de cartões de crédito, os royalties (no caso de franquias), despesas de viagens realizadas pelo empresário para aquisição de mercadorias e participação em feiras de negócio e gastos em reforma e manutenção das lojas, dentre outros.
    A decisão de sair do regime de tributação simplificado muita das vezes esbarra na informalidade dos fornecedores. Contudo, para superar esta dificuldade, é imperioso um planejamento tributário seguro.
    É certo e visível que o Fisco Estadual, agente arrecadador e fiscalizador do ICMS, tem instituído regimes de tributação especial como a substituição tributária que, além de instituir uma justiça fiscal -onde todos recolhem o mesmo imposto sobre uma margem presumida -, tem minimizado o impacto deste imposto no custo tributário global da empresa e reduzido consideravelmente a sonegação fiscal – situação que impede a concorrência leal entre os agentes do mercado. Este é um fato que favorece ainda mais a saída do Simples Nacional em favor do regime de apuração dos tributos baseados no Lucro Real.
    Outro aspecto de extrema relevância é que, quando um negócio funciona através de várias micro e pequenas empresas cujos sócios são interpostas pessoas, o Fisco poderá considerar que se trata na realidade da mesma empresa e que seu faturamento global ultrapassou o limite do Simples Nacional, formalizando a exclusão de Ofício deste Regime de Tributação. A esse respeito é importante trazer a determinação contida no parágrafo único do artigo 116 do Código Tributário Nacional: "Parágrafo único. A autoridade administrativa poderá desconsiderar atos ou negócios jurídicos praticados com a finalidade de dissimular a ocorrência do fato gerador do tributo ou a natureza dos elementos constitutivos da obrigação tributária, observados os procedimentos a serem estabelecidos em lei ordinária".
    No mais, é notório que o Fisco vem aperfeiçoando rapidamente seus mecanismos de fiscalização, obrigando o empresário, que tem interesse em expandir sua rede de lojas, a agir amparado em uma consultoria competente, que conheça profundamente o mercado de varejo, suas oportunidades e, profundamente, as nuances da legislação.
    Em referência ao Lucro Presumido, no qual os tributos são pagos através de uma alíquota derivada do faturamento das lojas, normalmente não é o regime tributário mais adequado.
    O sucesso de uma rede está diretamente relacionado a um criterioso planejamento tributário e dele é possível auferir previamente quais as melhores ferramentas, e as mais econômicas, para conquistar o mercado e minimizar o risco de uma autuação.

Fim do meramente contábil - http://www.jornalcontabil.com.br/v2/JC-News/426.html

    Estudo revela que novas regras elevaram a associação entre o lucro das companhias e o desempenho das ações
    O trabalhoso processo de migração para o padrão internacional de contabilidade IFRS aparentemente não está sendo em vão. Estudo acadêmico publicado em janeiro revelou que as informações contidas nos balanços das empresas ganharam relevância a partir de 2008, depois das mudanças de normas contábeis decorrentes da edição da Lei 11.638, de 2007. Melhorou a qualidade da contabilidade, o que significa que os demonstrativos financeiros passaram a ser documentos mais úteis, tendo uma ligação mais próxima com o valor das ações.
    Segundo a tese de doutorado defendida no fim de janeiro pelo professor João Batista Nast de Lima, na Universidade de São Paulo (USP), a adoção da etapa intermediária entre o modelo contábil brasileiro e o IFRS aumentou a associação existente entre os resultados das companhias e o preço das ações negociadas na BM&FBovespa.
    No período de 1995 a 2007, o lucro e o patrimônio líquido divulgados no balanço anual das companhias explicavam 16% dos preços de uma ação - sendo o restante determinado por outros fatores, como macroeconomia, questões setoriais etc.
    Com as novas regras contábeis, segundo o estudo, esse índice, chamado tecnicamente de coeficiente de determinação, aumentou para de 47% em 2008 e foi de 23% no período de 2008 a 2009.
    Quando foram analisados os balanços trimestrais, o índice foi de 5,5% com as práticas contábeis antigas, subiu para 19% em 2008 e ficou em 17,5% no intervalo entre 2008 e 2009.
    O estudo também analisou a variação do lucro e do patrimônio entre diferentes períodos e o retorno das ações nesse intervalo.
    Os resultados também mostraram que as novas regras elevaram a associação entre a variação dos dados contábeis e das cotações dos papéis na bolsa.
    A amostra observada foi de 107 empresas, que participaram do índice Ibovespa em algum momento durante o período de 1995 a 2009. No total, foram 2.277 balanços observados.
    O método usado para essa verificação é o mesmo que os médicos usam para dizer que o colesterol ou o hábito de fumar aumentam o risco de uma pessoa ter infarto ou câncer, por exemplo.
    Intuitivamente, é possível imaginar que uma companhia que apresente lucros grandes e crescentes tenda a valer mais com o tempo. Da mesma forma, se o lucro diminui ou se a companhia tem prejuízo, seu valor de mercado deveria ser menor.
    No entanto, isso nem sempre é verdade. O estudo destaca que qualidade da informação contábil depende não apenas das normas usadas em determinado país, mas também de fatores institucionais como o estágio de desenvolvimento do mercado de capitais, a estrutura de capital das empresas, a concentração da propriedade e o sistema tributário vigente.
    Assim, se as empresas usam pouco o mercado para se financiar, elas tem menos incentivo para divulgar suas informações com melhor qualidade. Se a contabilidade societária é a mesma usada para fins fiscais, as companhias podem tentar usar artifícios para reduzir o lucro - ainda que a operação vá bem -, para pagar menos impostos.
    Essa era a realidade existente no Brasil até 2007, combinada também com um modelo de contabilidade que privilegiava a forma e não a essência econômica. Em resumo, segundo Nast de Lima, o Brasil tinha todas as características que levavam a uma informação contábil de baixa qualidade.
    Não por acaso, era bastante comum - na verdade, ainda é - se ouvir a expressão "meramente contábil" para se referir a impactos relevantes, como a desvalorização cambial, que reduziam o lucro líquido das empresas.
    O outro lado da moeda é que as divulgações dos executivos se baseavam principalmente em indicadores de resultado "ajustados" e não auditados, o que reduz a confiabilidade dos números e dificulta a comparação de empresas diferentes pelos investidores.
    A Lei 11.638 mudou basicamente dois pontos: dissociou a contabilidade societária da fiscal e abriu o caminho para a migração para o padrão de contabilidade internacional IFRS, cujo objetivo declarado é informar o investidor.
    "Temos ainda alguns fatores [que favorecem a informação contábil de baixa qualidade] que permanecem. Eu quis verificar se o regramento novo conseguiria romper essa baixa informatividade", afirma o pesquisador, que foi orientado por Alexandro Broedel, diretor da CVM e também professor da USP. A conclusão do estudo é que essa melhora de fato ocorreu.

É mais fácil trocar de cliente contábil do que mudar seu conceito - Anderson Hernandes - http://classecontabil.uol.com.br/artigos/ver/2220
    O conceito que um cliente tem sobre sua empresa dificilmente mudará com o passar do tempo. Acompanhei a história de muitos escritórios contábeis e observei que muitos dos que foram constituídos por profissionais liberais, atendendo uma pequena Carteira de clientes a anos atrás, se tornaram escritórios maiores, com diversos funcionários e muitos clientes. Porém, dezenas desses que se mantiveram fiéis desde seus primeiros anos e presenciaram o crescimento da empresa contábil, não evoluíram na mesma proporção, e, nestes casos, o conceito que tinham sobre o empresário e sua empresa também não mudou. Exemplificando, se um cliente habitualmente tratava diretamente com o empresário contábil, ele continuará buscando ser tratado diretamente por ele. Se ele freqüentemente atrasava seus honorários, pagava com cheques de terceiros, ou reclamava da fatura, provavelmente também não mudou. Os exemplos são muitos, mas a verdade é que mudar o conceito de um cliente é mais difícil que mudar de cliente.
    Em um processo de re-estruturação de uma empresa contábil, decidimos separar os clientes de acordo com o conceito e os tratos comerciais que tinham com a empresa de contabilidade. Em seguida criamos uma nova empresa, com um conceito diferenciado, migrando os clientes mais rentáveis para essa nova empresa. Os que ficaram na empresa anterior eram, na sua maioria, aqueles clientes mais antigos, com vícios que os clientes mais novos não tinham. Esses além de pagarem honorários inferiores demandavam maior custo de atendimento, sendo, deste modo, eram menos rentáveis. Os que surgiram após a mudança eram ainda mais diferentes, pois já entravam buscando o novo conceito. Após tudo isso, definimos quais eram os Serviços que cada grupo de clientes teria direito, padronizamos os Serviços dos clientes que permaneceram na empresa anterior e oferecemos Serviços personalizados para aqueles que migraram para a empresa nova. Definimos também quais eram os clientes com potencialidades para migração à nova empresa e iniciamos     um processo de conscientização, onde grande parte destes aceitaram serem transferidos. Por último, os remanescentes foram gradativamente sendo dispensados da Carteira de clientes.
    Apesar de esse processo ter sido bem sucedido, recomendo que qualquer estratégia semelhante seja acompanha por um profissional especializado em Marketing contábil, pois muitos detalhes dessa estratégia, que não foram mencionados aqui, foram determinantes para o sucesso.
    Clientes são como um nosso cônjuge. Se no namoro ele tinha problemas de personalidade sérios, era impaciente, compulsivo, brigão, falava sem antes pensar ou passava dias sem conversar, então, depois do casamento muito provavelmente continuará assim. Do mesmo modo é nosso cliente. Assim como é muito difícil mudar uma pessoa, semelhantemente é muito difícil mudar um cliente.

Como se tornar um gostosão intelectual -http://brasilacimadetudo.lpchat.com/index.php?option=com_content&task=view&id=10508&Itemid=1- Olavo de Carvalho 

    O grande benefício social das filosofias prontas é que basta aderir a uma delas da boca para fora, sem mesmo precisar conhecê-la, e instantaneamente o cidadão se eleva ao estatuto de fiscal das filosofias alheias, com direito a julgá-las ex cathedra e então sentir-se lindo, maravilhoso, um perfeito gostosão intelectual.
    Três correntes de pensamento, por serem as mais citadas na mídia – com a admirável brevidade dos escritos jornalísticos –, e também porque a classe dos professores universitários não as ignora de todo, têm sido no Brasil as mais frequentadas por aquelas criaturas, que aí encontram o reconforto de uma prótese cultural capaz de dar, a baixo preço, uma aparência de solidez às suas vacilantes identidades pessoais, roídas na base por um pai relapso e uma mãe opressora (ou vice-versa).
São essas correntes:
    (1) O marxismo, compreendido no seu sentido mais elástico, que não implica nenhum contato nem mesmo manual, com as obras de Karl Marx, dando-se por satisfeito, no mais das vezes, com o vago e delicioso sentimento de pertinência à parte mais progressista e iluminada da espécie humana, adquirido na prática assídua de greves estudantis e na frequentação diuturna de rodinhas de violão.
    (2) O aristotélico-tomismo –  sem Aristóteles nem Tomás, que ninguém é de ferro. Para tornar-se autoridade na matéria, vá até à paróquia mais próxima, confesse uns pecados quaisquer (não os piores, é claro) e saia falando mal dos protestantes, dos judeus e dos esquisitões como eu. Isso vale por um Ph. D. em filosofia escolástica pela Universidade de Navarra.
    (3) O liberalismo iluminista-materialista-cientificista, no qual se pode adquirir uma formação completa mediante o Dicionário Filosófico de Voltaire, mais alguns capítulos seletos de A Sociedade Aberta e Seus Inimigos, de Sir Karl Popper , e uma ou duas entrevistas do Dr. Richard Dawkins no youtube.
    Uma quarta corrente de ideias é a dos tradicionalistas guénonianos, evolianos e duguinianos. Mas ela é bem menos popular que as outras três, porque seus membros praticam o segredo iniciático, que consiste em esconder-se debaixo da cama com medo do Kali-Yuga e jamais ser vistos em parte alguma –  nisto consistindo, precisamente, o ritual de ingresso nessa comunidade de elite.
    Qualquer pessoa de inteligência mediana, inferior ou nula pode se inscrever nos quadros de uma dessas quatro militâncias mediante simples declaração escrita, oral ou mental e transfigurar-se imediatamente em seu porta-voz autorizadíssimo, passando a verberar os adversários reais ou irreais das ditas cujas,  com palavras de fogo desferidas, quais mortíferos petardos celestes, desde os cimos imortais do Orkut ou do Facebook.
    O imprudente que não tenha tido a oportunidade ou desejo de dissolver sua individualidade pensante num desses grupos de referência, ou que sinta a natural dificuldade humana de reduzir sua experiência do mundo às fórmulas mais simplórias e autoprobantes que neles se cultivam sob o nome de "filosofia" de "teologia" , de "ciência" ou de "sabedoria esotérica", será inelutavelmente chamado de "fascista" pelo primeiro, de "herético" pelo segundo, de "fanático religioso" pelo terceiro e de "profano" pelo quarto.
    Feito isso, os membros de cada uma das agremiações se cumprimentarão efusivamente, celebrando a vitória da solidariedade comunitária sobre a intolerável pretensão individual de investigar a verdade da situação concreta.

Relaxe/Curiosidades

Dois amigos conversam:
— Eu sou um cara muito supersticioso, sabe? Daqueles que tem muita sorte... Então, eu nasci no dia cinco de maio às cinco da manhã...
No meu aniversário de 55 anos, fui na loteria e apostei no número 55.555 e ganhei cinco milhões. Aí peguei a bolada toda e apostei num cavalo número cinco no quinto páreo.
— Legal. E quanto você ganhou?
— Nada.
— Nada?
— O maldito chegou em quinto.

Cansado da falta de respeito dos funcionários, o chefe prega uma placa na sua porta escrito "Aqui quem manda sou eu!"
No dia seguinte, algum engraçadinho coloca outra placa embaixo:
- "Sua mulher mandou levar a placa dela de volta pra casa!"

Por que o macarrão forma espuma quando está cozinhando?
A semolina do trigo é constituída por carboidratos (amido) e proteína. No processo de moagem do cereal para extração da semolina, algumas cadeias de amido são quebradas. Quando a massa é colocada na água fervente, essas cadeias quebradas se expandem, absorvendo minúsculas bolhas de ar junto com a água. E essas bolhas vão para a superfície da água fervente na forma de espuma.

Por que se coloca cal de construção no doce de abóbora?
Para que os pedaços da fruta do doce em calda fiquem com uma casquinha crocante. A cal faz bem também porque acrescenta cálcio ao alimento.

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