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segunda-feira, 31 de outubro de 2011

Quanto mais pobre o cidadão, mais impostos -> Receita ganha agilidade para tratar informações -> Contabilidade na rede -> USP e universidades públicas do Brasil, defendam a instituição; defendam-se!





há cinco anos
Nunca diga desta água não beberei

Não se dependura o boné onde a mão não alçança


Quanto mais pobre o cidadão, mais impostos - http://www.jornalcontabil.com.br/v2/Contabilidade-Artigos/1516.html

    “Winston Churchil dizia que imposto sobre a herança era infalível para evitar proliferação de “ricos indolentes”, lembra Odilon Guedes, mestre em economia pela PUC/SP, professor universitário e membro do Conselho Regional de Economia-SP, ex-presidente do Sindicato dos Economistas no Estado de São Paulo, vereador e subprefeito de São Paulo, em artigo publicado no jornal Valor, 21-10-2011.
    Ele também informa que “Quando da morte da princesa Diana, em 1997, os jornais noticiaram que o fisco inglês cobrou de sua herança o imposto de US$ 15 milhões, metade dos US$ 30 milhões deixados para seus filhos. Naquele país, a taxação é apoiada até mesmo pelos conservadores”.
Eis o artigo:
    A partir da declaração do megainvestidor americano Warren Buffett, a terceira maior fortuna do mundo, pedindo aumento dos impostos para os mais ricos nos Estados Unidos, vários milionários europeus também passaram a defender essa medida naquele continente. Nesse contexto, o presidente da França, Nicolas Sarkozy, encaminhou ao Parlamento proposta para que os ricos que tenham renda anual acima de € 500 mil passem a pagar uma sobretaxa provisória de 3%.
    Esse fato é um bom motivo para discutirmos a carga tributária brasileira, já que nosso país é um dos mais injustos do planeta na cobrança da tributação. Os mais pobres são quem paga, proporcionalmente, mais tributos no Brasil, e não os ricos.
    Nesse contexto, é importante lembrar que há um projeto de reforma tributária na Câmara dos Deputados que permanece “adormecido”, aliás, como ocorreu com todos os outros elaborados nos últimos anos no Brasil. O debate em torno desse assunto no país acaba centrado em grande parte no aspecto da diminuição dos impostos porque a carga tributária é alta em relação aos serviços que o Estado oferece. Os que mais defendem a diminuição dessa carga são os empresários, baseados no argumento de que pagando muitos impostos seus negócios são dificultados. Fica praticamente excluída do debate a maioria da população brasileira e, principalmente, sua camada mais pobre – proporcionalmente a que paga mais impostos -, que não tem a menor ideia de quanto eles pesam no seu bolso.
    Estudos desenvolvidos pelo Instituto de Pesquisas Econômicas Aplicadas (IPEA) comprovam claramente tal situação. Segundo um levantamento de 2008, pessoas cuja renda mensal familiar alcançava até dois salários mínimos comprometiam 53,9% de seus ganhos com o pagamento de tributos, enquanto que outras, com renda superior a 30 salários mínimos, comprometiam apenas 29%.
    Outro dado de destaque nesse estudo do Ipea: um trabalhador que recebia até dois salários mínimos precisava trabalhar 197 dias para pagar os tributos, enquanto outro que ganhava mais de 30 precisava de três meses a menos de trabalho, ou exatos 106 dias.
    Essa situação ocorre porque cerca de 50% da nossa carga tributária é indireta, isto é, incide sobre o consumo, atingindo indiscriminadamente toda a população, independentemente da renda e da riqueza de cada um. A cobrança da maioria dos tributos vem embutida no preço final das mercadorias. Vejamos um exemplo significativo:
    Um cidadão que ganha R$ 1 mil por mês e coloca R$ 100 de gasolina no tanque do seu carro está pagando R$ 53 de impostos. Enquanto outro que ganha R$ 30 mil e abastece o tanque pelo mesmo valor também paga os mesmos R$ 53, levando isso à injustiça apontada.
    Nos países capitalistas desenvolvidos, ao contrário daqui, a maior parte da carga tributária é direta e recai sobre a renda, a riqueza, a propriedade e a herança. Esses critérios são mais justos do que os existentes no Brasil porque tributa diretamente quem ganha mais e tem melhores condições de pagamento.
    Segundo dados da Organização para Cooperação e Desenvolvimento Econômico (OCDE), nos Estados Unidos a renda é responsável por 49% da carga tributária. Se comparado com o Brasil, que é de 19%, naquele país é 150% maior que a nossa. A média desse tributo nos países pertencentes à OCDE é de 37%, quase 50% maior que a brasileira.
    Sobre a propriedade a carga americana é 10%, cerca de três vezes maior que a brasileira, que é de 3%. Na OCDE a média desse tributo é 6%, o dobro da nossa. Em relação ao consumo, ocorre justamente o inverso. Enquanto na carga tributária brasileira esse tipo de tributos representa em torno de 47%, na americana representam 16% e na OCDE ela representa na média, 37% do total. Esses dados confirmam que nos países desenvolvidos há muito mais justiça tributária que no Brasil.
    Dois exemplos ilustram as diferenças entre aqueles países e o Brasil. Na Inglaterra, por exemplo, o imposto sobre a herança é cobrado há mais de 300 anos. Quando da morte da princesa Diana, em 1997, os jornais noticiaram que o fisco inglês cobrou de sua herança o imposto de US$ 15 milhões, metade dos US$ 30 milhões deixados para seus filhos. Naquele país, a taxação é apoiada até mesmo pelos conservadores. Segundo matéria da revista “Veja”, publicada em setembro de 2007, o primeiro-ministro inglês Winston Churchil, que conduziu a Inglaterra na luta contra os nazistas, costumava dizer que o imposto sobre a herança era infalível para evitar a proliferação de “ricos indolentes”. Por outro lado, no Brasil, o Imposto Territorial Rural – ITR arrecadado em todo o ano de 2007 e em todo território nacional, foi menor do que dois meses de arrecadação do IPTU da cidade de São Paulo. Esses dados falam por si.
    Não há dúvida que esse é um tema delicado e já causou ou foi pretexto para inúmeras revoluções. Dois exemplos são significativos. A data nacional da independência americana, 4 de julho, faz lembrar que uma das razões que foram amadurecendo para o início da guerra de libertação foi a cobrança de impostos como o Sugar Act (1764), do Stamp Act (1765) e o Tea Act (Lei do Chá, 1773). No Brasil, a Inconfidência Mineira, tentativa de libertar o Brasil de Portugal, que resultou no enforcamento do herói Tiradentes e no desterro das lideranças envolvidas no movimento, teve como motivo principal da revolta a “derrama”, isto é, a cobrança de impostos atrasados feita pelos colonizadores portugueses aos moradores de Minas Gerais.
    Diante dessa realidade, é necessário e urgente abrir um espaço na mídia e na sociedade brasileira para discutir a enorme injustiça que há entre nós e, consequentemente a necessidade de aprovação de uma reforma em que os tributos diretos pesem mais que os tributos indiretos na composição da carga tributária. Isso significaria uma das formas mais importantes de redistribuir a renda entre nós.
    Finalmente cabe uma pergunta: por que no Brasil os banqueiros, grande empresários do agronegócio, das empresas nacionais e multinacionais, não tomam a iniciativa que foi tomada pelos ricos nos EUA e na Europa, isto é, propõem uma sobretaxa sobre seus ganhos?

Receita ganha agilidade para tratar informações - http://www.jornalcontabil.com.br/v2/Contabilidade-News/1515.html

    Acabou-se o tempo em que a prestação de contas ao fisco dependia da visita do fiscal e de demoradas consultas a livros de notas e relatórios. A velocidade do fiscal - além do seu humor e integridade - está sendo substituída pela tecnologia, de pronta resolução e, em princípio, de total imparcialidade.
    O Sistema Púbico de Escrituração Digital (Sped) permite que a Receita Federal acompanhe on-line a contabilidade das empresas. "Com o Sped ganhamos informação e agilidade à medida que temos a informação à mão em tempo menor e numa forma mais eficaz de tratá-la. Temos um banco de dados de informações que nos permite esmiuçar a vida do contribuinte. O Sped nos permite ainda qualidade na informação por conta dos vários filtros que são feitos", diz Caio Cândido, subsecretário de Fiscalização da Receita.
    "Com o Sped, ao invés de o fisco precisar pedir informações, ele simplesmente questiona algo que possa estar errado", afirma José Roberto de Arruda Filho, sócio diretor da JR&M Assessoria Contábil.
    A mudança mais acentuada com a implantação do Sped é que os dados dos contribuintes ficam disponíveis para os órgãos de fiscalização online. "Dados como emissão de nota fiscal, controle de estoque, apuração dos impostos e a própria contabilidade são transmitidas eletronicamente", explica Arruda.
    Para Caio Cândido, se por um lado a Receita ganha em qualidade e agilidade, por outro há um aumento de trabalho. "Tivemos uma alteração no modo de fiscalizar com a adoção do Sped", afirma. "Com o cruzamento de informações, houve um grande acréscimo ao trabalho da fonte", afirma.
    Segundo Cândido, o número de contribuintes autuados pela Receita Federal caiu 24,2% no primeiro semestre deste ano ante igual período em 2010, passando de 289 mil para 219 mil contribuintes. No entanto, o valor da sonegação apurada, corrigido com multas e juros, subiu 21,8% na mesma base de comparação, saltando de R$ 33,05 bilhões para R$ 40,27 bilhões.
    O subsecretário fala com cautela dos objetivos do Sped, preferindo destacar seu propósito de "selecionar" possíveis erros" praticados pelas empresas, não de um fiscalizador de sonegações. "Colocamos um critério de seleção que nos dá proximidade a fatos mais complexos, ou seja, que tenham mais relevância tributária e com isso temos um trabalho maior para chegar ao auto de infração", diz.
    Desta forma, "temos menos autuações, mas autuações com maiores valores médios. Mas isso não tem a ver com o Sped. O sistema apenas nos permite encontrar com rapidez as infrações tributárias", conclui.
    Sebastião Luiz Gonçalves, do Conselho Regional de Contabilidade do Estado de São Paulo (CRC/SP), ressalta que o sistema ainda não está totalmente implantado. "Hoje as empresas que passam informações à Receita pelo Sped são aquelas tributadas pelo lucro real, que são uma minoria, mas que em valor representam quase 90%", lembra.
    Ele observa que em breve as companhias de lucro presumível deverão adotar o sistema. "O mundo funciona eletronicamente e com a Receita não poderia ser diferente. Com o Sped, dificilmente haverá sonegação", diz.
    "A Receita criou um plano referencial, ou seja, um plano de contas que permite fazer mil simulações e pode, inclusive, simular o fluxo de caixa da companhia e se essa empresa dispõe de saldo suficiente para pagar todo imposto", garante. Diante de tamanha rigidez, Gonçalves diz que lembra com frequência aos empresários o poder que o Sped tem de detectar falhas por parte das companhias.
    Para José Othon de Almeida, sócio líder da Deloitte para o Sped, "é uma forma de integrar os contribuintes em uma mesma base. É como se fosse a implantação de um sistema integrado de gestão". No seu entender, "é praticamente impossível a sonegação com a implantação do Sped".
    Como sempre, burocracia e impostos atrasam o País - http://jcrs.uol.com.br/site/noticia.php?codn=77043
        Mais uma vez, o alerta vem daquele que é considerado por muitos como o empresário mais global do Brasil e com a experiência sedimentada nos negócios no País e no mundo. Pela undécima vez, André Gerdau Johannpeter afirmou que a indústria brasileira é competitiva “dentro da sua estrutura”, mas perde competitividade “da sua porta para fora”. De acordo com Gerdau Johannpeter, a falta de infraestrutura do País e os impactos tributários fazem com que a indústria não consiga ser competitiva quando comparada a outros países. “A cadeia do aço está vendo os seus mercados tomados pelas importações e competição do exterior. Parte do nosso crescimento doméstico está indo por importados que contêm aço”, afirmou o executivo, citando veículos e produtos da linha branca como exemplos. Outro ponto que o presidente da Gerdau citou como preponderante para a perda da competitividade do Brasil é a taxa de câmbio. “Um câmbio acima do que está agora sempre é melhor”, disse.
        Mas o crescente destaque do Brasil na economia mundial está atraindo cada vez mais empresas estrangeiras que querem explorar o mercado nacional. Para se instalar por aqui, elas precisam se adequar à legislação local, entender o complexo sistema fiscal e trabalhista, além de fazer uma série de cadastros e registros, num processo ainda mais burocrático do que já é normalmente a abertura de empresas brasileiras no País. Existem duas formas para atuar no mercado nacional: por meio da abertura de filiais ou participando como sócia de uma empresa brasileira. A maioria se associa a uma empresa nacional, pois o procedimento é mais simples e a burocracia é menor. Os procedimentos e regras para que a empresa internacional possa operar no Brasil são, basicamente, os mesmo das companhias brasileiras e incluem registro na Junta Comercial e órgãos como INSS, Caixa Econômica Federal, Receita Federal, além de inscrição estadual e registro na prefeitura. A exceção é para empresas que pretendem abrir filial, pois precisam de cadastros e registros prévios.
        Os custos para abertura da empresa estrangeira são basicamente os mesmos para a empresa nacional. Setores considerados estratégicos ou de segurança nacional, como aéreo, de energia e mineração, e empresas de radiodifusão e instituições financeiras possuem regras específicas, como a participação limitada no mercado brasileiro, para proteger as empresas nacionais. A burocracia é grande e o processo pode ser demorado para empresas exportadoras, no primeiro ano, para as empresas estrangeiras, pois elas estão atrás de registros. Precisam manter sua estrutura no País sem ganhar absolutamente nada. Empresas que não precisam de registros específicos e irão atuar no Brasil por meio de associação geralmente demoram de 30 a 45 dias para iniciar suas operações. No caso de companhias simples que pretendem abrir filial, o processo demora o dobro do tempo. Se forem necessários registros específicos, a empresa pode ter que esperar até um ano para começar a fazer negócios em território nacional. A dificuldade em entender a burocracia acaba afastando investidores do Brasil. Eles não têm uma visão boa do País, acham que nós colocamos dificuldades para ganhar dinheiro, algo incompreensível para eles.

Contabilidade na rede - http://www.jornalcontabil.com.br/v2/Contabilidade-News/1514.html

    O processo de migração das empresas brasileiras para o novo Sistema Público de Escrituração Digital (Sped) envolve uma grande transformação cultural no ambiente corporativo. Saem de cena toneladas de papel em forma de notas fiscais e livros de registros contábeis. E entra um universo digital, com lançamentos feitos por meio magnético e processamentos e transmissão de informações via sistemas eletrônicos e internet.
    O Sped teve início com o projeto das Notas Fiscais Eletrônicas (NF-e), concebido em 2005 e em vigor desde setembro de 2006. As NF-e são utilizadas principalmente nas operações que envolvem transações comerciais entre empresas e têm como objetivo o controle do ICMS e do IPI. Foi o primeiro passo na busca por maior integração dos fiscos, com padronização e compartilhamento de dados contábeis e fiscais.
    A partir de 2007, o programa foi incluído no Programa de Aceleração de Crescimento (PAC), com dois novos projetos: a Escrituração Digital Contábil (Sped Contábil) e a Fiscal (Sped Fiscal). O objetivo: racionalizar e uniformizar todo o trabalho das empresas nessas áreas, preparando-as para uma transmissão única aos diferentes órgãos fiscalizadores. Dentro de um processo de desburocratização tanto das empresas como do Fisco, o Sped busca conferir maior transparência a essas operações e, sobretudo, facilitar a fiscalização, reduzindo as fraudes.
    O resultado até o momento, segundo dados da Receita Federal, são mais de 680 mil estabelecimentos em todo o país emitindo a NF-e. Em cinco anos, foram mais de 3,3 bilhões de notas emitidas e validadas pelas Secretarias da Fazenda dos Estados e pela Receita Federal. No caso do Sped-Contábil - que a partir de 2010 tornou obrigatória a entrega digital de dados de pessoas jurídicas sujeitas à tributação do Imposto de Renda com base no lucro real - o saldo também é significativo: em 2011, mais de 150 mil empresas enviaram dados para a Receita Federal no novo formato, o que representou um total de 237.572 livros digitais.
    Já o projeto do Sped-Fiscal, que possibilita à Receita e às secretarias de fazendas dos Estados e Distrito Federal terem acesso a todos os documentos fiscais emitidos e recebidos pelos estabelecimentos, assim como os dados da apuração do ICMS e IPI, e que devem ser enviados mensalmente via internet, fechou setembro com a participação de mais de 180 mil empresas, que enviaram 880 mil arquivos digitais.
    Todos esses números são avaliados como um bom começo, mesmo considerando a demora do país para ingressar na era digital. "Outros países como Chile e o México já estavam na era digital. O Brasil, porém, tem uma estrutura tributária e fiscal muito mais complexa, com uma diversidade maior de tributos, de obrigações acessórias e de autoridades fiscais. Para ingressar na escrituração digital, foi preciso elaborar seu próprio modelo, sem poder importar soluções", afirma a professora Marta Pelúcio, especialista em gestão tributária da Fundação Instituto de Pesquisas Contábeis, Atuariais e Financeiras (Fipecafi).
    "A saída das informações do papel para o meio magnético, dentro de um layout, de um padrão criado pelo governo, facilita a integração da base de dados e diminui as chances de erros, o que é bom para todos", afirma a professora.
    Para Renato Martini, presidente do Instituto Nacional de Tecnologia da Informação (ITI), o processo de "desmaterialização" das notas fiscais e da escrituração contábil e fiscal tem tido êxito e aceitação pelos contribuintes. "O país possui a plataforma tecnológica e a legislação necessárias para realizar essa conversão, que trará mais efetividade à tributação."
    O ITI é um dos elos da cadeia digital: enquanto autarquia federal vinculada à Casa Civil da Presidência da República, mantém a infraestrutura das Chaves Públicas Brasileiras (ICP-Brasil), a base da certificação digital no país.
    Dentro do processo de migração para o Sped, o instituto colaborou na formatação do layout da NF-e e é responsável por regular e credenciar as autoridades certificadoras - como a Serasa Experian e a Certisign - que fornecem os certificados digitais aos estabelecimentos emissores de NF-e. "Os certificados são a assinatura digital das empresas e, dentro dos padrões estabelecidos pelo ITI e pela legislação, conferem a validade jurídica necessária aos documentos digitais", explica Martini. Sem esse primeiro passo não seria possível migrar para o mundo digital.
    O custo médio de um certificado digital é de R$ 400, mas os valores variam de acordo com o prazo de validade e a mídia utilizada para o certificado (pode ser cartão, tolken ou o próprio computador). Hoje, segundo Igor Rocha, presidente de identidade digital da Serasa Experian, o certificado é visto já como um insumo para as empresas, pois a migração para o Sped é vista como um avanço. "São várias as etapas no processo de adaptação às NF-e. Apesar de já estar bem desenvolvido, ainda há pontos a serem solucionados, como o acompanhamento da validação e o armazenamento dos arquivos", diz.
    Para a Certisign, o mercado de certificação digital deve continuar a crescer 20% ao ano. "A Certisign já emitiu mais de 400 mil certificados que podem ser utilizados nos sistemas das NF-e. Mas ainda há muito a crescer", afirma o vice-presidente de planejamento estratégico da empresa, Paulo Kulivosky.
Migração traz inúmeros benefícios para a esfera privada
    O processo de migração para o Sistema Público de Escrituração Digital (Sped) já é visto por boa parte dos agentes envolvidos não como uma imposição, mas uma necessidade a ser seguida. As mudanças têm como efeito benefícios internos para as empresas, que passam a cobrar de seus parceiros comerciais a adoção das mesmas práticas.
    Para Carlos Sussumu Oda, chefe da Divisão de Escrituração Digital da Coordenação-Geral de Fiscalização da Receita Federal, o Sped, para o Fisco, representa a possibilidade de integração entre as autoridades fiscais, com o fortalecimento do controle e da fiscalização por meio de intercâmbio de informações; rapidez no acesso às informações, com o aumento da produtividade dos auditores a partir da eliminação dos passos para coleta dos arquivos. "Isso tudo torna mais célere a identificação e o combate a ilícitos tributários, gerando um aumento no grau de percepção do risco pelo contribuinte faltoso e o consequente incremento na arrecadação", afirma.
    Avaliando para além do âmbito do Fisco, Sussumu Oda afirma que a escrituração digital traz ganhos para todos ao eliminar o uso do papel, oferecer uma melhoria da qualidade da informação, possibilitar o cruzamento entre os dados contábeis e fiscais, e disponibilizar cópias autênticas e válidas da escrituração para usos distintos e concomitantes. "É a simplificação e a racionalização no cumprimento das obrigações acessórias pelas empresas. O Sped permite a uniformização das informações que o contribuinte muitas vezes tem que prestar às diversas autoridades fiscais, de diferentes Estados, evitando que tenha que utilizar procedimentos distintos", afirma.
    Para chegar a esses efeitos positivos, porém, Miriam Negreiro, diretora de consultoria da ABC71, desenvolvedora de soluções, lembra que as mudanças para o Sped expuseram a necessidade de melhoria nos sistemas de muitos contribuintes. "Faltava uma integração efetiva entre as áreas das empresas. A partir das NF-e isso já teve que ser modificado, o que significou a implantação de sistemas mais complexos, mas que permitem maior eficiência."
    A cada nova etapa do Sped novas 'falhas' vão sendo descobertas. Um dos exemplos mais recentes, segundo a executiva, foi a exigência que começou a ser feita a partir de janeiro de 2011 para que algumas empresas, que já estavam no Sped Fiscal, também enviassem no mesmo padrão o e-CIAP - Controle de ICMS do Ativo Permanente. "Foi com a exigência que tornou evidente que a maioria das empresas não controlava sistematicamente o seu ativo permanente, seu imobilizado (bens patrimoniais, como maquinário)", afirma.
    Para que todo o sistema funcione, as empresas precisam que os seus parceiros também estejam adequados. "A fiscalização seria das secretarias da Fazenda dos Estados e da Receita Federal, no caso das NF-e, por exemplo. No entanto, se a empresa que está comprando não receber o documento dentro do novo padrão, ela também é responsabilizada", explica Miriam Negreiro.
    Além disso, há o interesse do próprio mercado para que todos acompanhem as mudanças. "Quem cumpre todas as obrigações tem mais custos que aqueles que burlam a tributação e a legislação. O Sped também visa inibir esse tipo de disfunção no mercado e os agentes estão atentos a isso", afirma Negreiro.
    Sem esquecer que, ao receber uma NF-e do fornecedor por meio de um arquivo digital no padrão e que pode ser carregado em seu próprio sistema, a empresa otimiza seu processo.
    "Não se trata apenas de uma transmissão de informações, mas da possibilidade de conquistar ganhos operacionais, desde que a informação seja integrada", analisa a diretora da ABC71.
    Segundo João Maurício Gumiero, sócio da área de outsourcing da Deloitte, o processo de migração está sendo menos traumático principalmente para as empresas que já tinham seus sistemas eletrônicos, com programas internos de integração e, sobretudo, seus cadastros - de produtos, clientes e fornecedores - em ordem. "Esse perfil resultou em um menor custo de adaptação", afirma. Quanto ao Sped Contábil e o Fiscal, a adequação aos layouts dos livros eletrônicos exigiu mais investimentos de todos. (A.H.)
Companhias migram serviços para centros de dados externos - Por Ana Luiza Mahlmeister | Para o Valor, de São Paulo
    Após a popularização da nota fiscal eletrônica com a adesão de 680 mil empresas e a emissão de aproximadamente 3,3 bilhões de documentos, a preocupação agora é a busca pela gestão eficiente da informação e a melhora na qualidade das informações fiscais. Empresas que antes compravam software para manter o controle fiscal interno estão procurando soluções "na nuvem", nas quais as informações são processadas em centros de dados externos que prestam serviços de hardware e software.
    Para atender a demanda, os fornecedores se associaram ou formaram novas empresas. O grupo TBA, que em 2008 criou a NFe do Brasil para atender o mercado fiscal, adquiriu neste ano a Benner Sistemas, especializada em software de gestão empresarial, criando a Globalweb Outsourcing. O foco é a oferta de soluções "na nuvem" incluindo hospedagem, consolidação de servidores e processamento de sistemas. Uma das vantagens do modelo é o pagamento das horas de uso de determinado programa ou serviço. Outra parceria da NFe foi com a McBenner Consultoria para a venda de solução de Sistema Público de Escrituração Digital (SPEED) e recuperação de tributos para médias e grandes empresas. A NFe espera crescer entre 20% e 30% até 2012, afirma o presidente, Antonio Gesteira.
    Tradicional no segmento de notas fiscais eletrônicas, a Mastersaf, foi adquirida neste ano pelo grupo Thomson Reuters que também absorveu a divisão de software da Alliance, consultoria especializada em inteligência fiscal e governança.   
    A Sonda Software, do grupo chileno Sonda, firmou uma parceria com a Microsoft para oferecer a plataforma de serviços Azure. "A vantagem desse modelo é a garantia do armazenamento seguro, centralização dos arquivos e acesso fácil posterior à informação que fica em um único repositório", explica o vice-presidente Eduardo Borba. A empresa tem 550 clientes e 60% dessa base demandam novos projetos derivados de soluções fiscais de nota fiscal eletrônica e escrituração digital. A Sonda Software espera dobrar o número de clientes que adotam o modelo de Business Process Outsourcing (BPO) que terceiriza o processo de apuração dos dados fiscais.
    Além dos serviços terceirizados, outra demanda é por sistemas de validação de dados. A escrituração digital deixou as empresas muito mais expostas à fiscalização, por isso o cuidado em melhorar a qualidade dos dados entregues ao fisco. De acordo com o gerente de soluções da Mastersaf, Paulo Sidney, outra boa oportunidade é a oferta de produtos para a emissão de notas fiscais de serviços em prefeituras. A Mastersaf tem 200 municípios clientes e espera dobrar esse montante até o ano que vem.
    A validação tributária e a melhora na qualidade de informações fornecidas ao Fisco exigem softwares específicos. "As iniciativas de isenção fiscal do governo para obras da Copa e regimes tributários especiais para o pré-sal são complexos. São necessárias ofertas de sistemas que cubram essas informações e pessoas qualificadas para fazer o registro correto do produto", explica Lourival Guimarães Vieira, diretor de marketing e vendas da Sispro.

USP e universidades públicas do Brasil, defendam a instituição; defendam-se! -(*) Fonte: http://veja.abril.com.br/blog/reinaldo/geral/usp-e-universidades-publicas-do-brasil-chega-de-minorias-impondo-a-sua-vontade-a-maioria-por-meio-da-violencia-da-baderna-e-do-narcotrafico-defendam-a-instituicao-defendam-se/ - Reinaldo Azevedo

    Como é que se chegou ao ponto de o narcotráfico, associado a extremistas de esquerda, armar um confronto com a Polícia Militar no campus de uma universidade? É uma história que vem de longe.
   
Escrevi bastante e escrevo ainda sobre a canalha que hoje ocupa o prédio de administração da Faculdade de Filosofia, Letras e Ciências Humanas (FFLCH) da Universidade de São Paulo porque o que se passa ali se repete, com mais gravidade ou menos, em todas as universidades públicas do país. Uma minoria de sectários, de vândalos, não raro estimulados por professores, faz-se dona do território, impõe as suas próprias regras, seqüestra os direitos dos demais estudantes e se considera acima das leis.

Não há diferença entre seus métodos de ação e aqueles empregados pelo narcotráfico quando domina as favelas. No caso da USP, isso é mais do que uma metáfora. Infelizmente, todos os estudantes, sem exceção, sabem que há tráfico pesado de drogas no campus e que o consumo de substâncias ilícitas é escandaloso. E, se querem saber, a maconha é a droga mais leve que se consome por ali. É claro que a esmagadora maioria — e põe esmagadora nisso! — dos 100 mil estudantes repudia essa bandidagem. Infelizmente, no entanto, queda-se muitas vezes impotente diante da inimputabilidade dos vagabundos.

Como denunciei aqui na manhã de ontem, o conflito de quinta-feira foi arquitetado por uma parceria entre o narcotráfico e grupos ultra-radicais de esquerda, que estão em busca de uma causa. Uma reivindicação une as duas correntes: “a PM fora do campus”. Para os sectários, trata-se de uma palavra de ordem; para os traficantes, é uma questão de negócio. Os bandidos só estão assim, ousados, porque costumam contar com o beneplácito de parte da imprensa, a simpatia de alguns colunistas, o engajamento de muitos intelectuais — todos eles dedicados a combater “os conservadores”.

Os conservadores, meus caros, somos nós, a população que sustenta aquela farra. “Os conservadores” são os pobres, que geram a riqueza do estado e do país com o seu trabalho — pobres cujos filhos dificilmente estudarão na USP. Não poderão passar o dia na “ocupação”, a exemplo daquele coroa pançudo, cuja foto publiquei ontem. Os “conservadores”, em suma, são as pessoas decentes, de quem aqueles extremistas e alguns de seus professores baderneiros têm ódio.

Não é a primeira vez
    Muitos de vocês devem ter visto a reportagem do Jornal Nacional. Um “invasor”, julgando-se dono do pedaço, comportando-se rigorosamente como aqueles soldados do narcotráfico que impõem as regras no morro, queria determinar até o lugar em que os jornalistas poderiam ficar. Como não foi obedecido, arrancou o microfone da mão do repórter da Globo e jogo-o no chão. Já contei aqui que fiz algumas tolices na juventude, mas também observei: eu lutava contra a ditadura; esses canalhas lutam contra a democracia.
   
O arquivo do blog está aí ao alcance de todos. Não é a primeira vez que delinqüentes querem impor as suas próprias leis no campus. Em 2007 e em 2009, a reitoria foi invadida. E contou, desgraçadamente, com a simpatia de boa parte da imprensa. Como não lembrar os textos da minha musa “progressista”, Laura Capriglione, na Folha, indignada porque a Polícia Militar cumpriu um mandado de reintegração de posse da reitoria na invasão de 2009? Ela foi entrevistar o advogado “progressista” Dalmo de Abreu Dallari, petista de plantão quase sempre disposto a endossar o que faz a esquerda, e algo de espantoso se deu. Ele defendeu a ação da polícia. Laura o queria para incensar os invasores e criticar o governo do Estado. E aconteceu o contrário. Afirmou, então, o advogado (íntegra aqui):
    “DALLARI - Essas pessoas têm um radicalismo fora de moda.
    Querem impor a adesão ao movimento por intermédio dos piquetes. É natural que quem reivindica procure obter adesão. Mas isso deve ser feito pelo convencimento. E não cerceando os direitos dos professores, funcionários e alunos que querem atividades normais. Não posso reivindicar o meu direito agredindo o dos outros.
   
Aquela senhora não gostou, não se conformou e voltou à carga:
    FOLHA - É chamando a polícia que se resolve isso?
    DALLARI - É claro que a presença da polícia no campus não é desejável. Mas isso é muito diferente da polícia que invadiu o campus na ditadura militar. A polícia naquela época impedia o exercício do direito de expressão, de reunião, de reivindicação. Era uma polícia arbitrária e violenta por natureza. Mas agora o que aconteceu é que a PM compareceu para fazer cumprir uma determinação judicial, visando à proteção do patrimônio público. E acho que a reitora agiu corretamente quando solicitou essa proteção.

A moça estava à esquerda do PT, em sua “isenção”… Em 2007, ela tinha sido ainda mais explícita. A Reitoria, claro!, invadida pela minoria habitual. Milhares de estudantes estavam sendo prejudicados. Um grupo de professores e estudantes resolveu fazer uma passeata contra a invasão dentro do campus. Laura os ridicularizou, chamando-os de “reacionários”. Ora, “progressista” era um grupelho atrapalhar a vida de 90 mil. Seu texto está aqui. Reproduzo trechos:
    “Um grupinho de professores, funcionários e estudantes (poucos) começou a se reunir ontem logo cedo em frente ao portão do Instituto de Pesquisas Tecnológicas, dentro da Cidade Universitária (zona oeste da capital). (…) E, assim, com 173 integrantes (em um total de mais de 90.000 uspianos), saiu pela avenida Luciano Gualberto, que corta o campus da Universidade de São Paulo, a primeira passeata reacionária a ser vista por ali. (…) A reação, no caso, foi à invasão da reitoria por estudantes, professores e funcionários, que há 35 dias desalojaram toda a burocracia central da USP.”
    Notaram? “Grupinho”, “passeata reacionária”, “desalojar burocracia central”, “173 integrantes”… Sobre a minoria de menos de 200 que ocupavam a reitoria e impediam a normalidade da vida de 100 mil pessoas, ela nada disse. Ela não era a única. Os repórteres se regalavam noticiando as noites com violão, a comida comunitária, aquela doce poesia dos Remelentos e das Mafaldinhas…

Em 2007, um grupo de pessoas estranhas à Faculdade de Direito da USP invadiu o prédio e impedia o seu funcionamento normal. O então diretor da unidade, João Grandino Rodas, hoje reitor, solicitou que a policia retirasse os invasores, o que se deu sem tocar num fio de cabelo de ninguém. Elio Gaspari perpetrou o seguinte:
Alguém deveria colocar uma placa na sede do Centro Acadêmico 11 de Agosto, da Faculdade de Direito da Universidade de São Paulo. Diria assim:
“Sendo governador do Estado de São Paulo o ex-presidente da União Nacional dos Estudantes José Serra e o secretário de Justiça o advogado Luiz Antonio Marrey, a tropa de choque da Polícia Militar entrou neste prédio e desocupou as instalações invadidas horas antes por militantes da UNE e do MST. Os policiais detiveram 200 pessoas, levando-as para uma delegacia, onde permaneceram por pouco tempo.A ação, solicitada pelo diretor da escola, João Grandino Rodas, deu-se às 2h do dia 22 de agosto de 2007.”

Entenderam?
Os delinqüentes sabem que podem contar com a “solidariedade” de setores da imprensa, segundo os quais a autonomia universitária deve ser entendida como “soberania universitária”. Nas duas dependências, as leis não valeriam. Ora, uma USP sem polícia, vigiada apenas por uma Guarda Universitária com autoridade muito restrita para coibir certos abusos, é o sonho de consumo — e oferta! — dos criminosos. Ocorre que as pessoas decentes pagam o pato, como pagou, com a própria vida, o estudante Felipe Ramos de Paiva, assassinado no dia 18 de maio.

A imprensa que puxa o saco dessa canalha é, em boa parte, responsável, ao menos moral e eticamente, por seus desmandos, por seu autoritarismo, por sua violência. Deveriam chamar Laura Capirglione e Elio Gaspari para ir lá negociar com os representantes dos Marcolas, dos Marcinhos VPs e dos Lenines do sucrilho com Toddynho…

Numa democracia, a polícia é uma força que tem de estar a serviço dos cidadãos, inclusive dentro da universidade, por que não? Aquela placa sugerida por Gaspari até poderia ser escrita, sim! O então diretor da São Francisco, Grandino Rodas, merecia a homenagem e o aplauso porque deixou claro: “Aqui vale o estado de direito”. Quanto ao então governador, não teria por que ser lembrado nesse caso. Quem determinou a ação da Polícia foi a Justiça. É que Gaspari estava mal informado.

CHEGA!
Caminhando para o encerramento, lembro que esses estudantes profissionais se impõem porque ou são sustentados por partidos ou vivem do dinheiro de pais abastados. Têm tempo de sobra. Já a maioria decente — a dos 99.600 — quer estudar; muitos precisam trabalhar também. Não têm tempo para a zorra. Mesmo assim, acho que é chegada a hora da mobilização para dar um basta na tirania dessas minorias ensandecidas. Organizem-se! Estudem mecanismos legais para obrigar a direção da FFLCH a requerer à Justiça a reintegração de posse do prédio, sob pena de prevaricar. Jamais se esqueçam de que, em momentos assim, todos se aproveitam para fazer política — inclusive a direção da faculdade, que está ambígua e anfíbia demais para o meu gosto. De que lado está? Dos estudantes ou das Farc do Rio Pinheiros?

Reflexao/Curiosidades/Relaxe

Cabeçudo
     Tinha na cidade uma pessoa cujo apelido era Cabeçudo. Nascera com uma cabeça grande. Era um cidadão pacato, bonachão e paciente.  Não gostava, é claro, de ser chamado de Cabeçudo, mas desde os tempos da escola, além de outros tinha um chato que não o perdoava. Onde quer que o encontrasse, lhe dava uma palmada na cabeça e perguntava:
   "Tudo bom, Cabeçudo?"
   O Cabeçudo, já com seus quarenta e poucos anos, este mesmo cara chato sempre o sacaneando.
   Um dia, depois de milhares de  tapinha na sua cabeça, Cabeçudo meteu uma faca no engraçadinho. A família da vítima era rica, a do Cabeçudo, pobre. Não houve jeito de encontrar um advogado disposto a defendê-lo.
   Depois de tentarem contratar advogados de São Paulo e do Rio, sem sucesso algum, resolveram procurar o Zé Caneado, um advogado que há muito tempo deixara a profissão, pois, como o próprio apelido indicava, vivia de porre. Pois, não é que o Zé Caneado aceitou o caso, e passou a semana anterior ao julgamento sem botar uma gota de cachaça na boca!
   Na hora de defender o Cabeçudo, ele começou a sua peroração assim:
   - Meritíssimo juiz, honrado Promotor, dignos membros do Júri.
   Quando todo mundo pensou que ele ia continuar a defesa, ele  repetiu:
   - Meritíssimo juiz, honrado Promotor, dignos membros do Júri.
   Repetiu a frase mais uma vez e foi advertido pelo juiz:
   - Peço ao advogado que, por favor, inicie a defesa.
   Zé Caneado, porém, fingiu que não ouviu e:
   - Meritíssimo juiz, honrado Promotor, dignos membros do Júri.
   E o Promotor:
    - A defesa está tentando ridicularizar esta corte!
   O juíz:
    - Advirto ao advogado de defesa que se não apresentar imediatamente os seus argumentos... Foi cortado por Zé Caneado, que repetiu:
   - Meritíssimo juiz, honrado Promotor, dignos membros do Júri.
   O juíz não aguentou:
   - Seu moleque safado, seu bêbado irresponsável, está pensando que a Justiça é motivo de zombaria? Ponha-se daqui para fora antes que eu mande prendê-lo.
 Foi então que o Zé Caneado disse:
    - Se, por repetir apenas algumas vezes que o Juiz é meritíssimo, que o Promotor é honrado e que os membros do Júri são dignos, os senhores me ameaçam de prisão, pensem na situação deste pobre homem, que durante quarenta anos, todos os dias da sua vida, foi chamado de Cabeçudo.
   O Cabeçudo foi absolvido e o Zé voltou a tomar suas cachaças em paz.

O americano Tom Blind era capaz de repetir sem erros qualquer trecho musical ou escrito que lhe fosse pronunciado
    Há coisas assombrosas na deficiência mental. O americano Tom Blind jamais conseguiu aprender a falar, mas era capaz de repetir imediatamente qualquer som que ouvisse. Blind era capaz de reproduzir, sem faltar uma sílaba, extensos trechos que lhe fossem lidos, em qualquer idioma, vivo ou morto. Ou então, tocar no piano qualquer melodia, por mais difícil que fosse, sem trocar uma nota sequer.

Como assim "foi bom"?
    Pesquisadores descobriram que, em determinadas circunstâncias, sexo pode causar um tipo de amnésia temporária. Eles descrevem dois casos de homens que perderam a memória após terem relações com as esposas. Imagina-se que a explicação para isso é que durante o sexo, o sistema nervoso simpático é ativado, criando alta pressão nos vasos sangüíneos e diminuindo a circulação no sistema nervoso central. Conseqüentemente isso provocaria o lapso de memória.

AMÁ-LA ou AMAR-TE?
    O marido, ao chegar em casa, no meio da noite, diz à mulher que já estava deitada:
    Querida, eu quero amá-la.
    A mulher, que estava dormindo, com a voz embolada, responde:
    - A mala...
    - Ah não sei onde está, não!
    - Use a mochila que está no maleiro do quarto de visitas.
    - Não é isso querida, hoje vou amar-te.
    - Por mim, você pode ir até Júpiter, Saturno e até à merda, desde que me deixe dormir em paz..

Joãozinho está dentro do carro do seu pai, quando avista duas prostitutas na calçada...
- Pai, quem são aquelas senhoras?
O pai meio embaraçado, responde:
- Não interessa filho... Olhe antes para esta loja... Já viu os lindos brinquedos que tem?
- Sim, sim, já vi. Mas... quem são as senhoras e o que é que estão fazendo ali paradas?
- São... são. São senhoras que vendem na rua.

- Ah, sim?! Mas vendem o quê??  - Pergunta admirado o garoto.
- Vendem.... vendem... Sei lá... vendem um pouco de prazer.

O garoto começa a refletir sobre o que o pai lhe disse, e quando chega em casa, abre a sua carteira com a intenção de ir comprar um pouco de prazer.
 Estava com sorte! Podia comprar 50 reais de prazer!
No dia seguinte vai ver uma prostituta e pergunta-lhe:
- Desculpe, minha senhora, mas pode-me vender 50 reais de prazer, por favor?
A mulher fica admirada, e por momentos não sabe o que dizer, mas como a vida está difícil, ela aceita. Porém, como não poderia agir de forma 'normal' com o garotinho, leva o garoto para casa dela e prepara-lhe seis pequenas tortas bem gostosas de morango e chocolate. 

Já era tarde quando o garoto chega em casa.
O seu pai, preocupado pela demora do filho, pergunta-lhe onde ele tinha estado. O garoto olha para o pai e diz: 
- Fui ver uma das senhoras que nós vimos ontem, para lhe comprar um pouco de prazer!
O pai fica amarelo:
- E... e então... como é que se passou?

- Bom, as quatro primeiras não tive dificuldade em comer, a quinta levei quase uma hora e a sexta foi com muito sacrifício. Tive quase que empurrar para dentro com o dedo, mas comi mesmo assim. Ao final estava todo lambuzado, melequei todo o chão, e a senhora me convidou para voltar amanhã,mas para ser sincero ao senhor eu só tive prazer nas três primeiras , as outras só comi para mostrar que sou homem mesmo, posso ir amanhã novamente, pai?

O pai desmaiou.


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