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CHARGE DE 2006 |
Não se veste um santo pra despir outro
Si quieres buena fama, no te dé el sol en la cama
Oculta, mas dói - http://www.dci.com.br/Oculta_-mas-doi-4-394370.html
Não é de hoje que se fala da excessiva carga tributária que onera a atividade econômica brasileira, de tal modo que, grandes empresas se exilam em países estrangeiros, neles organizando sociedades iguais às daqui. A carga fiscal espanta empreendimentos, enquanto a vigente na Índia, por exemplo, representa um convite à sua instalação naquele país. É um fato conhecido e reconhecido. E também é um dado inquietante na medida em que exporta uma experiência qualificada e capacidade comprovada. O que a Índia ganha, o Brasil deixa de ganhar. -
Ora, embora se volte a falar, inverno e verão, da alta carga fiscal vigente e da necessidade de ela ser aliviada, seu peso permanece imutável, quando não aumenta. Com efeito, enquanto os estudiosos são correntes em demonstrar que os gastos oficiais consideráveis podiam ser reduzidos, e a arrecadação, aplicada de maneira mais fecunda, os gastos públicos continuam intocáveis e em expansão. O fenômeno é visível.
Ainda agora, a despeito de uma arrecadação sem precedente, a carga fiscal aumentou e ainda assim se segreda o sonho de restaurar a CPMF, com outro nome, é claro, o sonho do alto escalão governamental. Nos últimos tempos, a única providência adotada, aliás, pelo Congresso, foi a extinção da famigerada contribuição que, criada em caráter provisório para beneficiar a Saúde, sob o prestígio do ministro Jatene, serviu para tudo, menos para a Saúde, fato que levou o seu patrono a deixar o ministério. Recorro a um dos nossos jornais de maior renome, para retratar uma situação: "A cada hora, cinco novas regras tributárias chegam à contabilidade das empresas brasileiras. Para colocá-las em prática, um batalhão de profissionais é acionado, softwares são alterados, e planilhas, refeitas. No fim do dia, a maratona para ficar em ordem com o Fisco já corroeu 1,16% do faturamento da empresa no período. Em um ano, a conta fica salgada. Levantamento da Fiesp mostra que as empresas gastam R$ 19,7 bilhões só com a burocracia do sistema tributário".
Os dados arrolados nesse estudo são impressionantes, não posso repeti-los, como seria útil, o espaço me não permite. Essa tributação lateral ou oculta, como foi chamada, atinge coisa próxima de 20 bilhões em um ano: para ser exato são 19 bilhões e 700 milhões; pois bem, obviamente este ônus é transferido aos preços, sendo que na indústria chega a 40,3% do montante dos tributos. Como se explica essa respeitável participação do fisco na atividade econômica? Em 1988 eram 29.713 as normas tributárias, agora são 249.124. Não é preciso dizer mais. Se um flagelo ocorre em relação às empresas grandes, as menores não têm como defender-se dele e são as que mais sofrem com tamanha alucinação fiscal. Como o país pode ser competitivo no mundo em que se digladiam todas as forças do mercado e fora dele?
Breve História da Contabilidade Internacional - http://www.administradores.com.br/informe-se/economia-e-financas/breve-historia-da-contabilidade-internacional/48768/
O advento tecnológico possibilita que as informações sejam registradas, transmitidas e revisadas com velocidade e precisão inimagináveis anos atrás
Vamos falar de uma fascinante disciplina chamada Contabilidade Internacional, tema de discussões permanentes na Fundação Santo André. Naturalmente, do mesmo modo que os negócios ganharam dimensões internacionais ao longo da história, a contabilidade também se desenvolveu. Como exemplo, o crescimento do comércio internacional na Itália no fim da Idade Média (e o desejo do governo de encontrar uma maneira para cobrar impostos pelas transações comerciais) levou à criação da escrituração contábil de partida dobrada, surgida em Veneza em 1942.
Desde então, e em ritmo acelerado, as questões contábeis tornaram-se mais complexas. Nos idos de 1870, diante da crescente evolução de suas atividades comerciais, o império britânico constatou a necessidade de administrar e controlar as empresas nas colônias, por meio da revisão e verificação dos registros. Essa situação fez surgir uma profissão contábil pública organizada na Escócia e na Inglaterra. Desde então, há uma interação mútua entre auditores e consultores para encontrar procedimentos e técnicas contábeis que permitam a revisão e o relato de demonstrações financeiras precisas e compreensíveis.
Além disso, o advento tecnológico possibilita que as informações sejam registradas, transmitidas e revisadas com velocidade e precisão inimagináveis anos atrás. A internet, algo ainda desconhecido no início dos anos 90, hoje é indispensável para a obtenção de informações financeiras internacionais.
Paralelamente, percebeu-se que a contabilidade não atende somente aos interesses de gerentes e proprietários. Governos, grupos de consumidores e de mão de obra, ambientalistas e outros ativistas sociais e credores têm interesse nas atividades comerciais e precisam também ter acesso a dados financeiros precisos. O crescimento explosivo de transações no Exterior e o rápido aumento de companhias que buscam capital em mercados estrangeiros fizeram dos problemas contábeis internacionais um fato comum na vida das pessoas.
Contas chinesas
Na arena da contabilidade global, a China é um importante personagem. No início de 2006, o Ministério das Finanças propôs uma nova normatização contábil para as empresas. Foram emitidos 39 pronunciamentos conhecidos como Accounting Standard for Business Enterprises. Enquanto o sistema antigo tinha como peça central a receita, os novos padrões introduzem o conceito da mensuração pelo Valor Justo, o que significa um relatório financeiro baseado mais no Balanço Patrimonial, assemelhado às IFRS e absorvendo experiências dos países desenvolvidos. No entanto, isto não deve ser entendido apenas como uma reprodução das IFRS, já que as características econômicas do país, em estágio de transformação, foram cuidadosamente levadas em consideração.
Atingir a convergência é mais do que um passo à frente para tornar a cadeia das informações contábeis mais eficientes e garantir que, futuramente, haja uma melhora geral da auditoria na China. Tal convergência, efetivada em 1º de janeiro de 2007, contribuiu para promover uma reforma nas relações de negócios. Os benefícios são facilmente identificáveis. Primeiramente, as medidas ajudaram a garantir uma abertura positiva para a China, desenvolveram o mercado de capitais e criaram um modelo de competitividade internacional das empresas locais.
As novas normas que convergem para o IFRS, com a adoção de uma linguagem de negócios geralmente aceita ao redor do mundo, auxiliam os usuários das informações financeiras a não ficarem "presos" a aspectos e buracos consequentes das discrepâncias dos antigos sistemas ou padrões. Tal procedimento facilita a comparação dos dados contábeis entre os países, torna as informações mais confiáveis e compreensíveis, além de possibilitar relações sem fronteiras das empresas chinesas.
O novo padrão evidencia os impactos de fatores micros e macros nas entidades. Dessa forma, revela impactos potenciais das renovações financeiras do mercado, o que significa uma maior eficiência de preços e alocação de recursos no mercado de capitais. É possível ainda traçar uma análise mais compreensiva e completa das posições financeiras, aprimorando os controles internos. Esse modelo é mais robusto em termos de reconhecimento e mensuração contábil, com uma apresentação mais didática. Para as companhias listadas, esta implantação ajudou a tornar as informações mais transparentes e qualificadas.
Um país varia em relação aos outros em ambiente econômico, sistema legal, conceitos culturais, nível de regulamentação, usuários da informação contábil, qualidade e competência dos profissionais da contabilidade. Por isso, a convergência não pode ser atingida sem que tais características e condições sejam consideradas. Além disso, convergência leva tempo. Para tanto, faz-se necessário um aprendizado que desenvolva a diversidade universal.
Ao mesmo tempo, convergência significa interação. Não é um movimento em uma só direção, mas sim um processo de comunicação e constante aprendizado mútuo entre países e as organizações contábeis – o que exige um alto nível de normas para os profissionais de finanças corporativas das empresas.
ICMS é o tributo mais custoso - http://jconline.ne10.uol.com.br/canal/economia/pernambuco/noticia/2011/10/13/-icms-e-o-tributo-mais-custoso-18839.php
Junto com as contribuições previdenciárias, o ICMS é o que mais gera dificuldade entre empresários, aponta sondagem da Fiepe
Os empresários industriais de Pernambuco consideram o Imposto sobre Circulação de Mercadorias e Serviços (ICMS) e as contribuições previdenciárias os tributos mais prejudiciais à competitividade do setor. A constatação é da Sondagem Especial Tributação, elaborada no último mês de setembro pela Unidade de Pesquisas Técnicas da Federação das Indústrias do Estado de Pernambuco (Fiepe). Cerca de 65% dos entrevistados citaram esses dois tributos como os que causam os maiores impactos negativos à atividade de suas companhias.
As empresas de pequeno porte foram as que mais reclamaram do ICMS e dos encargos previdenciários, apontando-os como os mais nocivos em uma lista de oito opções: PIS, Cofins, Imposto de Renda Pessoa Jurídica (IRPJ) e Imposto sobre Produtos Industrializados (IPI), Contribuição Social sobre o Lucro Líquido (CSLL) e Imposto Sobre Serviços (ISS). A pesquisa também buscou encontrar soluções para os atuais entraves tributários. Segundo a maioria das citações dos empresários (61,4%), a unificação das alíquotas de ICMS deveria ser prioritária em uma possível reforma do sistema de cobrança de impostos no Brasil.
Simplificar os procedimentos e acabar com a cobrança nas fronteiras (feita na entrada de caminhões no Estado) e com a substituição tributária (regime onde o fabricante de determinado produto é que arca com o ICMS e não quem irá vendê-lo, utilizado para artigos de difícil fiscalização como cigarros e bebidas) foram outras sugestões dos empresários pesquisados.
"Em síntese, os resultados da pesquisa mostram o retrato de uma estrutura tributária ultrapassada e inadequada aos desafios atuais do mundo corporativo, com sua alta exigência de competitividade e inovação, fazendo com que não só o Estado de Pernambuco como o Brasil perca competitividade e, consequentemente, mercado", comenta o texto da sondagem.
Bode expiatório - Olavo de Carvalho - http://www.midiasemmascara.org/artigos/movimento-revolucionario/12498-bode-expiatorio.html
No caso brasileiro, nem toda a sociologia da USP somada pode ocultar a obviedade de que a manifesta descristianização da sociedade, da educação, da mídia e da cultura, tem algo a ver com o aumento da violência, da crueldade, do egoísmo e da insensibilidade.
Que os brasileiros vêm-se tornando um povo de egoístas cínicos não é nenhuma grande novidade. Mas no Estadão de 9 de outubro o prof. José de Souza Martins explica o fenômeno como reação coletiva à falta de liberdade que a nação sofreu no período militar. Teríamos passado, segundo ele, da repressão à esculhambação. Apelar tão resolutamente à metáfora hidráulica de fluxo e refluxo como princípio explicativo já é, em si, um delito mental que não se deveria perdoar num sociólogo, especialmente quando este vem com o título de "professor emérito".
O prof. Martins não recorreria a esse automatismo pueril se se não lhe desse a oportunidade de cumprir o mandamento número um do Decálogo Uspiano: lançar a culpa de tudo, sempre e invariavelmente, na maldita ditadura.
Infelizmente essa intenção devota esbarra em alguns obstáculos invencíveis. Metade da população brasileira tem menos de 30 anos e não pode ter sofrido nenhuma privação de liberdade num regime que terminou duas décadas e meia atrás. O que essa gente sabe da ditadura é o que lhe foi transmitido por professores, jornalistas e artistas de TV – os "intelectuais" no sentido elástico que Antonio Gramsci dá ao termo. O mau comportamento dos brasileiros não pode portanto ser uma reação direta a experiências de trinta ou quarenta anos atrás, mas o resultado da educação que receberam, das crenças e reações que aprenderam.
Se alguém achou que as incomodidades sofridas no período militar justificavam a permissão para a busca irrefreada de satisfações egoístas como uma espécie de compensação psicológica, foram os "intelectuais", não a população em geral. Esta limitou-se a praticar o que eles lhes ensinaram – e quando o resultado começou a aparecer, com sua feiúra deprimente, logo veio um porta-voz dos "intelectuais" para fazer o que eles costumeiramente fazem: apagar as pistas de suas próprias ações, jogar as culpas nos outros e aproveitar o desastre como oportunidade para reforçar sua autoridade de conselheiros da nação.
Mas também é errado imaginar que dentro do próprio círculo de "intelectuais" uma ética de auto-indulgência viesse como resposta a uma situação local especialmente opressiva. Na década de 60, a onda hedonista brotou simultaneamente em dezenas de países, a maioria dos quais não passou por ditadura militar nenhuma.
Nos focos principais de onde a moda irradiou – a França e os EUA –, os mais extremados apologistas do "prazer" desfrutavam não só de uma liberdade invejável, mas de financiamentos bilionários vindos das altas esferas do establishment (a história de Alfred Kinsey é modelar: v. Judith Reisman, Kinsey: Crimes and Consequences, Institute for Media Education, 3rd. ed., 2003). Não faz sentido atribuir a causas locais um fenômeno de escala universal.
Os "intelectuais" da taba aderiram à ideologia do prazer porque quiseram, porque era a moda internacional, e não porque a isso os forçasse o governo militar. Quando a repassam a jovens e crianças nas escolas, estão apenas formando as novas gerações à sua imagem e semelhança – sempre, é claro, com o cuidado de se isentar preventivamente de qualquer responsabilidade pelas eventuais consequências adversas.
Ademais, a análise do prof. Martins erra também por anacronismo. O culto do prazer a todo preço não surgiu no Brasil após o advento da Nova República, mas já nos anos 60, fomentado não só pela influência das modas culturais importadas, mas por toda uma militância local onde se destacaram importantes órgãos de mídia como Realidade, Nova e Cláudia, sem contar uma infinidade de publicações menores como O Pasquim, Ex, Rolling Stone, Flores do Mal e não sei mais quantas, todas dirigidas por ativistas de esquerda empenhados em destruir o capitalismo por via vaginal, o cristianismo por via anorretal ou ambos por via dupla. Uma coisa não pode ser reação tardia a outra coisa quando ambas acontecem simultaneamente.
Para piorar, o prof. Martins não assinala como sintoma da desordem moral nacional só a busca de satisfações imediatas a todo preço, mas também a cobiça financeira, a sede de bens materiais. Ora, como é possível explicar esse fenômeno como reação de alívio subsequente a uma situação repressiva, e ao mesmo tempo acusar a ditadura de ter fomentado o espírito capitalista, o consumismo, o culto da mercadoria e o império da "lei de Gérson"?
Ou a ditadura incentivou as pessoas a subir na vida por meio do capitalismo ou as inibiu de fazer isso, alimentando nelas um desejo insatisfeito a que só puderam dar vazão na Era Lula. As duas coisas ao mesmo tempo, não pode ser.
Na era Lula, a maior distribuição de renda é vista como inclusão social. No tempo dos militares, do "Brasil Grande", a febre de compras era criticada como consumismo fácil pela esquerda. Falando em Era Lula, também não faz sentido louvar o governo petista por ampliar a participação popular no mercado interno (à custa, diga-se en passant, de um endividamento nacional suicida) e ao mesmo tempo reclamar contra a avidez com que os novos consumidores se lançam à conquista de bens a que antes não tinham acesso. Ninguém sai comprando tudo quanto é bugiganga eletrônica só para se vingar de uma ditadura da qual mal ouviu falar.
Aliás, no tempo dos militares ocorreu ascensão social idêntica (o então chamado "milagre brasileiro"), resultando em idêntica febre de consumo. Mas, na ocasião, os porta-vozes da esquerda não se lembraram de festejar a inclusão social maciça que isso representava (maior, proporcionalmente, do que tudo o que os tão badalados programas sociais do governo Lula viriam a realizar). Ao contrário: concentraram suas baterias no ataque moralista ao "consumismo", como se fosse causa sui e não efeito da melhor distribuição de renda.
Quando o mesmo fenômeno se repete em pleno apogeu do lulismo, como fazer para louvar a distribuição de renda sem culpar o governo pelo consumismo resultante? É fácil: desvincule a causa do efeito e debite este último na conta de um governo de trinta anos atrás.
Se isso é sociologia, eu sou o José de Souza Martins em pessoa. E olhem que, dos sociólogos uspianos, ele não é o pior. Até os exemplos que o emérito escolhe para ilustrar a maldade dos corações brasileiros são erros de perspectiva. Motoristas que atropelam pessoas e só tratam de evadir-se da punição legal, sem a mínima piedade pelas vítimas, são decerto tipos execráveis, mas sua insensibilidade é titica de galinha num país onde de quarenta a cinquenta mil pessoas são assassinadas anualmente com a ajuda de organizações queridinhas do partido governante e não se ouve sequer um debate a respeito.
Nossos "intelectuais" esbravejaram mais contra 25 mil baixas na guerra do Iraque do que contra violência mortífera duplamente maior que se comete contra seus próprios compatriotas a cada 365 dias. Será demasiado concluir que seu ódio aos Estados Unidos é infinitamente mais intenso que seu amor ao povo brasileiro?
E por que raios uma geração de pessoas educadas nessa mentalidade deveria ser um primor de bons sentimentos?
O prof. Martins reclama: "Falta uma bolsa de valores sociais, que meça diariamente quanto perdemos de nós mesmos, de nossa dignidade, de nossa autoestima, da estima e do respeito pelo outro." Tem razão, mas a medição diária é impossível sem uma escala constante do valor que se mede. Ao longo da história brasileira, essa escala foi uma só e a mesma, desde a chegada de Pedro Álvares Cabral até o advento da "Nova República": o cristianismo.
O prof. Martins talvez acredite em moralidade sem religião, mas há de reconhecer que uma civilização integralmente "laica" (termo errado, mas usual) é uma hipótese futura e não realidade historicamente constatável. E, no caso brasileiro, nem toda a sociologia da USP somada pode ocultar a obviedade de que a manifesta descristianização da sociedade, da educação, da mídia e da cultura, tem algo a ver com o aumento da violência, da crueldade, do egoísmo e da insensibilidade.
Para fugir às suas responsabilidades históricas, os "intelectuais" tapam os olhos até às consequências mais óbvias e patentes das escolhas a que se entregam com todo o furor entusiástico da paixão militante.
Numa época em que a mera fantasia sexual é considerada oficialmente mais valiosa, mais digna, mais merecedora da proteção estatal do que o sentimento religioso da população, é ridículo esperar que o senso dos valores não acabe se dissolvendo numa névoa turbulenta e que a confusão resultante não se traduza em atos de maldade cotidiana cada vez mais aceitos como normais e improblemáticos.
E não é preciso nenhuma bolsa de valores para saber de onde vem a perda: o Brasil que escandaliza os sentimentos do prof. Martins é criação exclusiva da sua geração de "intelectuais". Qualquer reclamação que venha dessa fonte é uma mera camuflagem de culpas, é mero sacrifício ritual de um bode expiatório prêt-à-porter.
Curiosidades/Relaxe
Férias fazem bem à saúde
Se você é do tipo workaholic e não pára nunca, aqui vai um bom motivo para você não mais deixar as férias de lado. Períodos de descanso de tempos em tempos não são apenas agradáveis, como também fazem um grande bem à saúde. Estudos da Universidade de Nova Iorque feitos com 12 mil homens com tendências a problemas cardíacos durante nove anos mostraram que aqueles que tiram suas férias regularmente possuem menos risco de morte. Além disso, as férias contam como importante fator na redução do estresse, causa bem conhecida de diversas outras doenças. Suspeita-se que o principal motivo pelo qual as férias possuem esses efeitos milagrosos é o fato de disporem às pessoas mais tempo para exercícios e interação com família e amigos.
O americano Tom Blind era capaz de repetir sem erros qualquer trecho musical ou escrito que lhe fosse pronunciado
Há coisas assombrosas na deficiência mental. O americano Tom Blind jamais conseguiu aprender a falar, mas era capaz de repetir imediatamente qualquer som que ouvisse. Blind era capaz de reproduzir, sem faltar uma sílaba, extensos trechos que lhe fossem lidos, em qualquer idioma, vivo ou morto. Ou então, tocar no piano qualquer melodia, por mais difícil que fosse, sem trocar uma nota sequer.
O burro disimpacô
Ia um minerin montado num burro e numa determinada altura o burro empacou!
Diz o Minerin:
- Esse burro fidumaputa impacô e eu é que vô levá essa carga toda sozim nas costa? Vô nada! Vô é falá com o mecânico, causdiquê se ele sabe fazê um carro andá, intonse deve sabe fazê um burro andá tumbém.
E dirigiu-se a uma oficina próxima, onde falou pro mecânico: -
Ô Sinhô mecânico! Meu burro parô, impacô e precisu de sua ajuda.
O mecânico respondeu:
- Minerin, eu vou te dar dois supositórios: um de pimenta-de-cheiro e outro de malagueta. Você mete o primeiro supositório no tóba do burro. Se mesmo assim ele não andar, você mete o de malagueta. Mas cuidado que ele pode acelerar demais...
- Ta bem, Seu mecânico, eu vô sigui seus conseio...
No outro dia o mecânico encontra o mineirinho e pergunta:
- Então minerin, o burro andou?
- Se andô?!?! PQP, eu pus o primeiro supositório no fiofó do burro... E se não boto o de malagueta no meu, nunca mais que eu pegava o bicho
VIRGINDADE MODERNA
Primeira noite dos recém-casados. Na cama, a moça diz ao rapaz:
- Sabe, amor, eu não disse a você, mas eu não sei fazer nada de nada!
- Não se preocupe, minha linda!
- Você tira a roupa, deita sobre a cama e deixa que eu faço o resto!
E ela, muito meigamente, responde:
- Não, amor!
- Trepar, eu trepo bem pra cacete, desde os 12 anos.
- O que eu não sei é: lavar, passar, cozinhar, arrumar casa, etc....
Si quieres buena fama, no te dé el sol en la cama
Oculta, mas dói - http://www.dci.com.br/Oculta_-mas-doi-4-394370.html
Não é de hoje que se fala da excessiva carga tributária que onera a atividade econômica brasileira, de tal modo que, grandes empresas se exilam em países estrangeiros, neles organizando sociedades iguais às daqui. A carga fiscal espanta empreendimentos, enquanto a vigente na Índia, por exemplo, representa um convite à sua instalação naquele país. É um fato conhecido e reconhecido. E também é um dado inquietante na medida em que exporta uma experiência qualificada e capacidade comprovada. O que a Índia ganha, o Brasil deixa de ganhar. -
Ora, embora se volte a falar, inverno e verão, da alta carga fiscal vigente e da necessidade de ela ser aliviada, seu peso permanece imutável, quando não aumenta. Com efeito, enquanto os estudiosos são correntes em demonstrar que os gastos oficiais consideráveis podiam ser reduzidos, e a arrecadação, aplicada de maneira mais fecunda, os gastos públicos continuam intocáveis e em expansão. O fenômeno é visível.
Ainda agora, a despeito de uma arrecadação sem precedente, a carga fiscal aumentou e ainda assim se segreda o sonho de restaurar a CPMF, com outro nome, é claro, o sonho do alto escalão governamental. Nos últimos tempos, a única providência adotada, aliás, pelo Congresso, foi a extinção da famigerada contribuição que, criada em caráter provisório para beneficiar a Saúde, sob o prestígio do ministro Jatene, serviu para tudo, menos para a Saúde, fato que levou o seu patrono a deixar o ministério. Recorro a um dos nossos jornais de maior renome, para retratar uma situação: "A cada hora, cinco novas regras tributárias chegam à contabilidade das empresas brasileiras. Para colocá-las em prática, um batalhão de profissionais é acionado, softwares são alterados, e planilhas, refeitas. No fim do dia, a maratona para ficar em ordem com o Fisco já corroeu 1,16% do faturamento da empresa no período. Em um ano, a conta fica salgada. Levantamento da Fiesp mostra que as empresas gastam R$ 19,7 bilhões só com a burocracia do sistema tributário".
Os dados arrolados nesse estudo são impressionantes, não posso repeti-los, como seria útil, o espaço me não permite. Essa tributação lateral ou oculta, como foi chamada, atinge coisa próxima de 20 bilhões em um ano: para ser exato são 19 bilhões e 700 milhões; pois bem, obviamente este ônus é transferido aos preços, sendo que na indústria chega a 40,3% do montante dos tributos. Como se explica essa respeitável participação do fisco na atividade econômica? Em 1988 eram 29.713 as normas tributárias, agora são 249.124. Não é preciso dizer mais. Se um flagelo ocorre em relação às empresas grandes, as menores não têm como defender-se dele e são as que mais sofrem com tamanha alucinação fiscal. Como o país pode ser competitivo no mundo em que se digladiam todas as forças do mercado e fora dele?
Breve História da Contabilidade Internacional - http://www.administradores.com.br/informe-se/economia-e-financas/breve-historia-da-contabilidade-internacional/48768/
O advento tecnológico possibilita que as informações sejam registradas, transmitidas e revisadas com velocidade e precisão inimagináveis anos atrás
Vamos falar de uma fascinante disciplina chamada Contabilidade Internacional, tema de discussões permanentes na Fundação Santo André. Naturalmente, do mesmo modo que os negócios ganharam dimensões internacionais ao longo da história, a contabilidade também se desenvolveu. Como exemplo, o crescimento do comércio internacional na Itália no fim da Idade Média (e o desejo do governo de encontrar uma maneira para cobrar impostos pelas transações comerciais) levou à criação da escrituração contábil de partida dobrada, surgida em Veneza em 1942.
Desde então, e em ritmo acelerado, as questões contábeis tornaram-se mais complexas. Nos idos de 1870, diante da crescente evolução de suas atividades comerciais, o império britânico constatou a necessidade de administrar e controlar as empresas nas colônias, por meio da revisão e verificação dos registros. Essa situação fez surgir uma profissão contábil pública organizada na Escócia e na Inglaterra. Desde então, há uma interação mútua entre auditores e consultores para encontrar procedimentos e técnicas contábeis que permitam a revisão e o relato de demonstrações financeiras precisas e compreensíveis.
Além disso, o advento tecnológico possibilita que as informações sejam registradas, transmitidas e revisadas com velocidade e precisão inimagináveis anos atrás. A internet, algo ainda desconhecido no início dos anos 90, hoje é indispensável para a obtenção de informações financeiras internacionais.
Paralelamente, percebeu-se que a contabilidade não atende somente aos interesses de gerentes e proprietários. Governos, grupos de consumidores e de mão de obra, ambientalistas e outros ativistas sociais e credores têm interesse nas atividades comerciais e precisam também ter acesso a dados financeiros precisos. O crescimento explosivo de transações no Exterior e o rápido aumento de companhias que buscam capital em mercados estrangeiros fizeram dos problemas contábeis internacionais um fato comum na vida das pessoas.
Contas chinesas
Na arena da contabilidade global, a China é um importante personagem. No início de 2006, o Ministério das Finanças propôs uma nova normatização contábil para as empresas. Foram emitidos 39 pronunciamentos conhecidos como Accounting Standard for Business Enterprises. Enquanto o sistema antigo tinha como peça central a receita, os novos padrões introduzem o conceito da mensuração pelo Valor Justo, o que significa um relatório financeiro baseado mais no Balanço Patrimonial, assemelhado às IFRS e absorvendo experiências dos países desenvolvidos. No entanto, isto não deve ser entendido apenas como uma reprodução das IFRS, já que as características econômicas do país, em estágio de transformação, foram cuidadosamente levadas em consideração.
Atingir a convergência é mais do que um passo à frente para tornar a cadeia das informações contábeis mais eficientes e garantir que, futuramente, haja uma melhora geral da auditoria na China. Tal convergência, efetivada em 1º de janeiro de 2007, contribuiu para promover uma reforma nas relações de negócios. Os benefícios são facilmente identificáveis. Primeiramente, as medidas ajudaram a garantir uma abertura positiva para a China, desenvolveram o mercado de capitais e criaram um modelo de competitividade internacional das empresas locais.
As novas normas que convergem para o IFRS, com a adoção de uma linguagem de negócios geralmente aceita ao redor do mundo, auxiliam os usuários das informações financeiras a não ficarem "presos" a aspectos e buracos consequentes das discrepâncias dos antigos sistemas ou padrões. Tal procedimento facilita a comparação dos dados contábeis entre os países, torna as informações mais confiáveis e compreensíveis, além de possibilitar relações sem fronteiras das empresas chinesas.
O novo padrão evidencia os impactos de fatores micros e macros nas entidades. Dessa forma, revela impactos potenciais das renovações financeiras do mercado, o que significa uma maior eficiência de preços e alocação de recursos no mercado de capitais. É possível ainda traçar uma análise mais compreensiva e completa das posições financeiras, aprimorando os controles internos. Esse modelo é mais robusto em termos de reconhecimento e mensuração contábil, com uma apresentação mais didática. Para as companhias listadas, esta implantação ajudou a tornar as informações mais transparentes e qualificadas.
Um país varia em relação aos outros em ambiente econômico, sistema legal, conceitos culturais, nível de regulamentação, usuários da informação contábil, qualidade e competência dos profissionais da contabilidade. Por isso, a convergência não pode ser atingida sem que tais características e condições sejam consideradas. Além disso, convergência leva tempo. Para tanto, faz-se necessário um aprendizado que desenvolva a diversidade universal.
Ao mesmo tempo, convergência significa interação. Não é um movimento em uma só direção, mas sim um processo de comunicação e constante aprendizado mútuo entre países e as organizações contábeis – o que exige um alto nível de normas para os profissionais de finanças corporativas das empresas.
ICMS é o tributo mais custoso - http://jconline.ne10.uol.com.br/canal/economia/pernambuco/noticia/2011/10/13/-icms-e-o-tributo-mais-custoso-18839.php
Junto com as contribuições previdenciárias, o ICMS é o que mais gera dificuldade entre empresários, aponta sondagem da Fiepe
Os empresários industriais de Pernambuco consideram o Imposto sobre Circulação de Mercadorias e Serviços (ICMS) e as contribuições previdenciárias os tributos mais prejudiciais à competitividade do setor. A constatação é da Sondagem Especial Tributação, elaborada no último mês de setembro pela Unidade de Pesquisas Técnicas da Federação das Indústrias do Estado de Pernambuco (Fiepe). Cerca de 65% dos entrevistados citaram esses dois tributos como os que causam os maiores impactos negativos à atividade de suas companhias.
As empresas de pequeno porte foram as que mais reclamaram do ICMS e dos encargos previdenciários, apontando-os como os mais nocivos em uma lista de oito opções: PIS, Cofins, Imposto de Renda Pessoa Jurídica (IRPJ) e Imposto sobre Produtos Industrializados (IPI), Contribuição Social sobre o Lucro Líquido (CSLL) e Imposto Sobre Serviços (ISS). A pesquisa também buscou encontrar soluções para os atuais entraves tributários. Segundo a maioria das citações dos empresários (61,4%), a unificação das alíquotas de ICMS deveria ser prioritária em uma possível reforma do sistema de cobrança de impostos no Brasil.
Simplificar os procedimentos e acabar com a cobrança nas fronteiras (feita na entrada de caminhões no Estado) e com a substituição tributária (regime onde o fabricante de determinado produto é que arca com o ICMS e não quem irá vendê-lo, utilizado para artigos de difícil fiscalização como cigarros e bebidas) foram outras sugestões dos empresários pesquisados.
"Em síntese, os resultados da pesquisa mostram o retrato de uma estrutura tributária ultrapassada e inadequada aos desafios atuais do mundo corporativo, com sua alta exigência de competitividade e inovação, fazendo com que não só o Estado de Pernambuco como o Brasil perca competitividade e, consequentemente, mercado", comenta o texto da sondagem.
Bode expiatório - Olavo de Carvalho - http://www.midiasemmascara.org/artigos/movimento-revolucionario/12498-bode-expiatorio.html
No caso brasileiro, nem toda a sociologia da USP somada pode ocultar a obviedade de que a manifesta descristianização da sociedade, da educação, da mídia e da cultura, tem algo a ver com o aumento da violência, da crueldade, do egoísmo e da insensibilidade.
Que os brasileiros vêm-se tornando um povo de egoístas cínicos não é nenhuma grande novidade. Mas no Estadão de 9 de outubro o prof. José de Souza Martins explica o fenômeno como reação coletiva à falta de liberdade que a nação sofreu no período militar. Teríamos passado, segundo ele, da repressão à esculhambação. Apelar tão resolutamente à metáfora hidráulica de fluxo e refluxo como princípio explicativo já é, em si, um delito mental que não se deveria perdoar num sociólogo, especialmente quando este vem com o título de "professor emérito".
O prof. Martins não recorreria a esse automatismo pueril se se não lhe desse a oportunidade de cumprir o mandamento número um do Decálogo Uspiano: lançar a culpa de tudo, sempre e invariavelmente, na maldita ditadura.
Infelizmente essa intenção devota esbarra em alguns obstáculos invencíveis. Metade da população brasileira tem menos de 30 anos e não pode ter sofrido nenhuma privação de liberdade num regime que terminou duas décadas e meia atrás. O que essa gente sabe da ditadura é o que lhe foi transmitido por professores, jornalistas e artistas de TV – os "intelectuais" no sentido elástico que Antonio Gramsci dá ao termo. O mau comportamento dos brasileiros não pode portanto ser uma reação direta a experiências de trinta ou quarenta anos atrás, mas o resultado da educação que receberam, das crenças e reações que aprenderam.
Se alguém achou que as incomodidades sofridas no período militar justificavam a permissão para a busca irrefreada de satisfações egoístas como uma espécie de compensação psicológica, foram os "intelectuais", não a população em geral. Esta limitou-se a praticar o que eles lhes ensinaram – e quando o resultado começou a aparecer, com sua feiúra deprimente, logo veio um porta-voz dos "intelectuais" para fazer o que eles costumeiramente fazem: apagar as pistas de suas próprias ações, jogar as culpas nos outros e aproveitar o desastre como oportunidade para reforçar sua autoridade de conselheiros da nação.
Mas também é errado imaginar que dentro do próprio círculo de "intelectuais" uma ética de auto-indulgência viesse como resposta a uma situação local especialmente opressiva. Na década de 60, a onda hedonista brotou simultaneamente em dezenas de países, a maioria dos quais não passou por ditadura militar nenhuma.
Nos focos principais de onde a moda irradiou – a França e os EUA –, os mais extremados apologistas do "prazer" desfrutavam não só de uma liberdade invejável, mas de financiamentos bilionários vindos das altas esferas do establishment (a história de Alfred Kinsey é modelar: v. Judith Reisman, Kinsey: Crimes and Consequences, Institute for Media Education, 3rd. ed., 2003). Não faz sentido atribuir a causas locais um fenômeno de escala universal.
Os "intelectuais" da taba aderiram à ideologia do prazer porque quiseram, porque era a moda internacional, e não porque a isso os forçasse o governo militar. Quando a repassam a jovens e crianças nas escolas, estão apenas formando as novas gerações à sua imagem e semelhança – sempre, é claro, com o cuidado de se isentar preventivamente de qualquer responsabilidade pelas eventuais consequências adversas.
Ademais, a análise do prof. Martins erra também por anacronismo. O culto do prazer a todo preço não surgiu no Brasil após o advento da Nova República, mas já nos anos 60, fomentado não só pela influência das modas culturais importadas, mas por toda uma militância local onde se destacaram importantes órgãos de mídia como Realidade, Nova e Cláudia, sem contar uma infinidade de publicações menores como O Pasquim, Ex, Rolling Stone, Flores do Mal e não sei mais quantas, todas dirigidas por ativistas de esquerda empenhados em destruir o capitalismo por via vaginal, o cristianismo por via anorretal ou ambos por via dupla. Uma coisa não pode ser reação tardia a outra coisa quando ambas acontecem simultaneamente.
Para piorar, o prof. Martins não assinala como sintoma da desordem moral nacional só a busca de satisfações imediatas a todo preço, mas também a cobiça financeira, a sede de bens materiais. Ora, como é possível explicar esse fenômeno como reação de alívio subsequente a uma situação repressiva, e ao mesmo tempo acusar a ditadura de ter fomentado o espírito capitalista, o consumismo, o culto da mercadoria e o império da "lei de Gérson"?
Ou a ditadura incentivou as pessoas a subir na vida por meio do capitalismo ou as inibiu de fazer isso, alimentando nelas um desejo insatisfeito a que só puderam dar vazão na Era Lula. As duas coisas ao mesmo tempo, não pode ser.
Na era Lula, a maior distribuição de renda é vista como inclusão social. No tempo dos militares, do "Brasil Grande", a febre de compras era criticada como consumismo fácil pela esquerda. Falando em Era Lula, também não faz sentido louvar o governo petista por ampliar a participação popular no mercado interno (à custa, diga-se en passant, de um endividamento nacional suicida) e ao mesmo tempo reclamar contra a avidez com que os novos consumidores se lançam à conquista de bens a que antes não tinham acesso. Ninguém sai comprando tudo quanto é bugiganga eletrônica só para se vingar de uma ditadura da qual mal ouviu falar.
Aliás, no tempo dos militares ocorreu ascensão social idêntica (o então chamado "milagre brasileiro"), resultando em idêntica febre de consumo. Mas, na ocasião, os porta-vozes da esquerda não se lembraram de festejar a inclusão social maciça que isso representava (maior, proporcionalmente, do que tudo o que os tão badalados programas sociais do governo Lula viriam a realizar). Ao contrário: concentraram suas baterias no ataque moralista ao "consumismo", como se fosse causa sui e não efeito da melhor distribuição de renda.
Quando o mesmo fenômeno se repete em pleno apogeu do lulismo, como fazer para louvar a distribuição de renda sem culpar o governo pelo consumismo resultante? É fácil: desvincule a causa do efeito e debite este último na conta de um governo de trinta anos atrás.
Se isso é sociologia, eu sou o José de Souza Martins em pessoa. E olhem que, dos sociólogos uspianos, ele não é o pior. Até os exemplos que o emérito escolhe para ilustrar a maldade dos corações brasileiros são erros de perspectiva. Motoristas que atropelam pessoas e só tratam de evadir-se da punição legal, sem a mínima piedade pelas vítimas, são decerto tipos execráveis, mas sua insensibilidade é titica de galinha num país onde de quarenta a cinquenta mil pessoas são assassinadas anualmente com a ajuda de organizações queridinhas do partido governante e não se ouve sequer um debate a respeito.
Nossos "intelectuais" esbravejaram mais contra 25 mil baixas na guerra do Iraque do que contra violência mortífera duplamente maior que se comete contra seus próprios compatriotas a cada 365 dias. Será demasiado concluir que seu ódio aos Estados Unidos é infinitamente mais intenso que seu amor ao povo brasileiro?
E por que raios uma geração de pessoas educadas nessa mentalidade deveria ser um primor de bons sentimentos?
O prof. Martins reclama: "Falta uma bolsa de valores sociais, que meça diariamente quanto perdemos de nós mesmos, de nossa dignidade, de nossa autoestima, da estima e do respeito pelo outro." Tem razão, mas a medição diária é impossível sem uma escala constante do valor que se mede. Ao longo da história brasileira, essa escala foi uma só e a mesma, desde a chegada de Pedro Álvares Cabral até o advento da "Nova República": o cristianismo.
O prof. Martins talvez acredite em moralidade sem religião, mas há de reconhecer que uma civilização integralmente "laica" (termo errado, mas usual) é uma hipótese futura e não realidade historicamente constatável. E, no caso brasileiro, nem toda a sociologia da USP somada pode ocultar a obviedade de que a manifesta descristianização da sociedade, da educação, da mídia e da cultura, tem algo a ver com o aumento da violência, da crueldade, do egoísmo e da insensibilidade.
Para fugir às suas responsabilidades históricas, os "intelectuais" tapam os olhos até às consequências mais óbvias e patentes das escolhas a que se entregam com todo o furor entusiástico da paixão militante.
Numa época em que a mera fantasia sexual é considerada oficialmente mais valiosa, mais digna, mais merecedora da proteção estatal do que o sentimento religioso da população, é ridículo esperar que o senso dos valores não acabe se dissolvendo numa névoa turbulenta e que a confusão resultante não se traduza em atos de maldade cotidiana cada vez mais aceitos como normais e improblemáticos.
E não é preciso nenhuma bolsa de valores para saber de onde vem a perda: o Brasil que escandaliza os sentimentos do prof. Martins é criação exclusiva da sua geração de "intelectuais". Qualquer reclamação que venha dessa fonte é uma mera camuflagem de culpas, é mero sacrifício ritual de um bode expiatório prêt-à-porter.
Curiosidades/Relaxe
Férias fazem bem à saúde
Se você é do tipo workaholic e não pára nunca, aqui vai um bom motivo para você não mais deixar as férias de lado. Períodos de descanso de tempos em tempos não são apenas agradáveis, como também fazem um grande bem à saúde. Estudos da Universidade de Nova Iorque feitos com 12 mil homens com tendências a problemas cardíacos durante nove anos mostraram que aqueles que tiram suas férias regularmente possuem menos risco de morte. Além disso, as férias contam como importante fator na redução do estresse, causa bem conhecida de diversas outras doenças. Suspeita-se que o principal motivo pelo qual as férias possuem esses efeitos milagrosos é o fato de disporem às pessoas mais tempo para exercícios e interação com família e amigos.
O americano Tom Blind era capaz de repetir sem erros qualquer trecho musical ou escrito que lhe fosse pronunciado
Há coisas assombrosas na deficiência mental. O americano Tom Blind jamais conseguiu aprender a falar, mas era capaz de repetir imediatamente qualquer som que ouvisse. Blind era capaz de reproduzir, sem faltar uma sílaba, extensos trechos que lhe fossem lidos, em qualquer idioma, vivo ou morto. Ou então, tocar no piano qualquer melodia, por mais difícil que fosse, sem trocar uma nota sequer.
O burro disimpacô
Ia um minerin montado num burro e numa determinada altura o burro empacou!
Diz o Minerin:
- Esse burro fidumaputa impacô e eu é que vô levá essa carga toda sozim nas costa? Vô nada! Vô é falá com o mecânico, causdiquê se ele sabe fazê um carro andá, intonse deve sabe fazê um burro andá tumbém.
E dirigiu-se a uma oficina próxima, onde falou pro mecânico: -
Ô Sinhô mecânico! Meu burro parô, impacô e precisu de sua ajuda.
O mecânico respondeu:
- Minerin, eu vou te dar dois supositórios: um de pimenta-de-cheiro e outro de malagueta. Você mete o primeiro supositório no tóba do burro. Se mesmo assim ele não andar, você mete o de malagueta. Mas cuidado que ele pode acelerar demais...
- Ta bem, Seu mecânico, eu vô sigui seus conseio...
No outro dia o mecânico encontra o mineirinho e pergunta:
- Então minerin, o burro andou?
- Se andô?!?! PQP, eu pus o primeiro supositório no fiofó do burro... E se não boto o de malagueta no meu, nunca mais que eu pegava o bicho
VIRGINDADE MODERNA
Primeira noite dos recém-casados. Na cama, a moça diz ao rapaz:
- Sabe, amor, eu não disse a você, mas eu não sei fazer nada de nada!
- Não se preocupe, minha linda!
- Você tira a roupa, deita sobre a cama e deixa que eu faço o resto!
E ela, muito meigamente, responde:
- Não, amor!
- Trepar, eu trepo bem pra cacete, desde os 12 anos.
- O que eu não sei é: lavar, passar, cozinhar, arrumar casa, etc....
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