.

.


segunda-feira, 11 de outubro de 2010

Noticias e outras - 1.214


Meditemos
Quando falares, procura que as tuas palavras sejam melhores que o teu silêncio. (Provérbio indiano)
 
Tenho o hábito de não falar daquilo que ignoro. (Sófocles)

Opiniao
Ecografia das Urnas - Percival Puggina
 
Sou contra pesquisas eleitorais, mas essa deve ser uma contrariedade tão antiga quanto inútil. Elas vieram para ficar, crescer e multiplicar-se, suscitam grande interesse público e, devo reconhecer, não soa muito harmônica com a liberdade de informação qualquer iniciativa no sentido de as coibir. Isso não me impede, porém, de alinhar alguns argumentos que, como mínimo, servirão para reflexão do leitor interessado e para análise de quem tenha competência nos aspectos técnicos e constitucionais envolvidos. Apenas exponho argumentos, curioso sobre eventuais refutações.

Há alguns anos, era comum dizer-se que ninguém podia desvendar os segredos contidos nas urnas, no ventre da mulher grávida e na cabeça de um magistrado. As ecografias e as pesquisas eleitorais encurtaram a lista. As primeiras retiraram da gravidez aquela incerteza que só se esclarecia no momento do parto. Os pais, agora, podem decidir se compram fita azul ou cor-de-rosa. Já as pesquisas suprimem do processo político um segredo que, paradoxalmente, dava transparência e veracidade ao que mais interessa apurar no processo de votação: a vontade soberana do eleitor, livre de quaisquer induções. Não parece estranho que se proíba a propaganda de boca-de-urna enquanto se aceita que, meses a fio, se vá escancarando a boca da urna e se revelando seu conteúdo? E mais: será que as informações dadas pelas pesquisas de intenção de voto tornam mais sinceras e verdadeiras as manifestações dos candidatos? Soa como pouco provável.

Na maior parte dos casos, as pesquisas antecipam aquilo para que serviria, em tese, o primeiro turno – reduzir o quadro de alternativas e compor um pleito entre apenas dois participantes. Tal antecipação gerou algo até então desconhecido, verdadeiro aleijão da democracia: o conceito de "voto útil" que torna inúteis aqueles atribuídos a quem, sabidamente, está fora da disputa. A todo rigor, inservíveis deveriam ser apenas os votos nulos e brancos. Jamais o voto positivo e consciente de um eleitor! É difícil imaginar benéfico ao sistema democrático saber-se, antecipadamente, que certos votos serão úteis e que outros serão inúteis. Ou, mais veementemente ainda: em determinadas circunstâncias, todos os votos, todo o comparecimento às urnas acaba sendo um gesto impotente, apenas formal e obrigatório, porque o resultado já foi antecipado.

Há, também, a questão dos financiamentos das campanhas eleitorais. Com as pesquisas, os que se dispõem a fornecer recursos aos candidatos se conduzem menos por afinidade do que pelo desejo de agradar um provável vencedor. Também isso age contra a equidade das disputas.

Por fim, não serve à melhor política que um bom candidato, merecedor dos votos de seus eleitores, assista-os serem drenados para um concorrente apenas porque tem possibilidades superiores de vencer ou de alcançar o turno seguinte. Como se vê, havia mais equidade, maior soberania do eleitor e menos forças de indução agindo sobre ele antes de que a ecografia das urnas começasse a revelar o sexo do bebê. Eis, então, a pergunta que fica para os juristas: será que a liberdade de informação supera, em valor, os outros valores da democracia também em pauta numa eleição?




A herança maldita do PT -  Gerson Faria é físico, formado pela USP,  atua na área de Tecnologia da Informação e escreve para o site www.midiaamais.com.br


É inconcebível que um partido faça tamanho estrago no tecido social e só tenha a apresentar a adaptação de um programa assistencialista de um governo anterior a ele

Por Gerson Faria (*)

Se dependesse do PT, a ética do esforço individual e do mérito estariam a sete palmos sob a terra. Essa é talvez a pior herança deixada por esse partido, se é lícito chamar um movimento de massas organizado de partido.
Sem nenhum pejo, quando a plateia é de pobres coitados dos rincões brasileiros, o presidente Lula, ainda hoje, no outono da vida política, solta  a sua máxima da cartilha da luta de classes, a única que deve ter caído em suas mãos.
Diga-se que esta cartilha é a origem do PT, pela qual há um mundo de exploradores e um mundo de explorados. A vanguarda do proletariado deveria assumir o lugar dos exploradores e fazer justiça a seu modo – não ao modo burguês, pautado pelo respeito às leis, pois, em sua cosmovisão, essas seriam eivadas da consciência de classe do opressor.
O tempo passou e o Brasil, afirma-se, mudou para melhor. Há hoje uma certeza disso, em certos círculos,  dada por uma cesta de índices macroeconômicos  que afirmam que "o que manda é a economia, estúpido". O povão quer consumir e está feliz. Dizem que até um poste poderia ser eleito sucessor à presidência em condições assim – e se esforçam para isso ao máximo.
No entanto, o legado moral e ético deixado pelo movimento de massas que é o PT esses índices macro não medem. Na verdade, não chegam nem perto. E esse é o capital básico do partido, o potencial de indignação malandra, de senso de injustiça que jamais será satisfeito, útil até o momento em que as massas têm de ser devidamente enquadradas.
Até lá, porém, o quanto puder se beneficiar, melhor, pensa-se, pois quem tem alguma coisa só pode ter roubado. Que mal existe em reivindicar sem mérito?
Pode ser que pingue algum no meu prato, quem sabe?
É inconcebível que um partido faça tamanho estrago no tecido da sociedade brasileira e tenha como grande resultado a apresentar apenas uma adaptação de um programa assistencialista do governo anterior, conhecido hoje como Bolsa Família.
Mas sabe-se que, nesse caminho, toda uma liderança política e empresarial engajada se locupletou.
Para essa elite, a conquista da prosperidade e da felicidade não advém do esforço constante e aprimorado, produtivo, humilde. O PT nunca defendeu igualdade de condições, sempre defendeu privilégios de classe.
Lula e a elite de seu movimento de massas amam suas vidas de executivos, e acreditam estar fazendo justiça social a partir de si mesmos. Vez ou outra, passam essa impressão, para os desavisados e para si próprios, ensaiando certa indignação farsesca, na tentativa de reviver o espírito primordial cravado no coração de operário malandro, na esperança de que a plateia também seja de operários malandros, ansiosos por sacanear o chefe.
Mas o Brasil não é feito de operários malandros. Essa limitação psicológica, a da suspicácia de classe, Lula não ultrapassou. E é por isso que ele e seu partido odeiam a independência das classes médias instruídas, tendo feito chacota disso a despeito do fato de  sistematicamente perderemas disputas ao governo de São Paulo.
Essa herança maldita está sendo pouco analisada, pouco avaliada e pouco atacada pela oposição.
A herança de que basta montar um bando, nomeá-lo "movimento", "coletivo" e suas variantes, reivindicar o que quer que seja e achar que isso é a conquista da dignidade.
Querem um exemplo?
Mal o povo de São Paulo declarou seu voto de confiança, novamente, no governo do PSDB, para recomeçarem as invasões de edifícios no centro da cidade. Isso sim, é uma herança maldita.
Contabeis
Tributos preocupam mais as empresas do que infraestrutura

Os problemas fiscais do Brasil são apontados pelos empresários como o maior gargalo para a competitividade do País frente a outros países. Em pesquisa realizada pelo Ibope Inteligência a pedido da Câmara Americana de Comércio (Amcham), para 59% do total de 500 associados entrevistados, a Carga Tributária e eficiência dos gastos ou uso de recursos pelo governo são fatores de maior preocupação. A percepção é bem superior a outro grande gargalo para o Crescimento econômico brasileiro, segundo especialistas: a infraestrutura. Somente 16% dos consultados indicaram logística, energia, Tecnologia de informática (TI) e telecomunicações como problemas para o País.
Uma das explicações para esta situação apontada na pesquisa é de que já há planejamentos para a infraestrutura no Brasil, enquanto que para as questões fiscais, não há horizonte definido, como, por exemplo, a Reforma Tributária. Essa foi uma das conclusões expostas por representantes de importantes associações produtivas, que participaram de debate realizado ontem pela Amcham.
Porém, estas questões dependem de cada setor. O Economista da Associação Brasileira da Indústria de Alimentos (Abia), Amilcar Lacerda de Almeida, presente no evento, comenta que no caso deste setor, o maior gargalo é a infraestrutura. Por outro lado, ele espera que seu setor avance de 5% a 5,5% este ano e entre 4% a 6% em 2011.
Paralelo a isso, a pesquisa da Amcham e do Ibope mostrou que a influência do próximo governo em esferas sociais, apontadas como importantes para a Expansão econômica, não afetam seus negócios. Para 49%, as perspectivas na área de educação para o próximo mandato em nada afetam os empresários. Da mesma forma pensam 68% do entrevistados na área de saúde. Em contrapartida, 48% responderam que a esfera fiscal e tributária é a que mais afeta negativamente os negócios. Com relação ao impacto positivo à empresa, 40% indicam que será a Economia futura.
Já os representantes de associações que debateram as perspectivas de 2011 na Amcham afirmam que a falta de capacitação profissional é um dos problemas mais enfrentados na contratação de pessoal. "Há 70 mil vagas abertas no setor de TI que não conseguimos preencher por falta de gente especializada", revela Nelson Wortsman, diretor de Convergência Digital da Associação Brasileira de Empresas de Tecnologia da Informação e Comunicação (Brasscom).
Otimismo
De acordo com Mara Lacerda, diretora de produtos e Serviços da Amcham, o objetivo da pesquisa era levantar as tendências de mercado e empresariais para 2011. "A conclusão a que se chegou é que os empresários estão bastante otimistas com o Crescimento econômico deste ano e acreditam que haverá manutenção deste avanço em 2011", disse, ao explicar os resultados. Do total, 81% esperam crescimento mais intenso do Produto Interno Bruto (PIB) de 2010. Para 2011, 67% compartilham desta previsão.
Com relação à inflação, os empresários acreditam em estabilidade tanto em 2010 (69% do total), quanto em 2011(57%). Da mesma forma, os entrevistados projetam estabilidade do Câmbio para os dois anos (57%, para 2010, e 61%, para 2011), como também para os juros (54% e 46%, respectivamente).
Ainda segundo a pesquisa, 87% projetam aumento das vendas para 2011, contra 79% que esperam elevar o Faturamento neste ano. Outro dado importante do levantamento indica que o número de empresas que ampliarão Investimentos aumentou de 55% para 63 % em 2011.
Quando questionados sobre competitividade e as oportunidades de Investimento e crescimento oferecidas à iniciativa privada e ao governo, os executivos acreditam mais nas empresas. Segundo a pesquisa, sobre as companhias, 40% acreditam que elas aproveitam intensamente as oportunidades, e 52% acham que de certa forma elas o fazem. Em relação ao governo, 42% dos respondentes acham que aproveitam muito pouco as oportunidades, e 48% acreditam que utiliza certa forma.
Perspectivas
O vice-presidente da Federação Brasileira de Bancos (Febraban), Julio de Siqueira Carvalho de Araújo - participante do debate de ontem na Amcham - estima, com base em pesquisa recente feita pela Federação que o PIB cresça entre 4,5% e 5,5% em 2011 e que a Inflação feche entre 4,5% e 5% no próximo ano. Sobre a Taxa Básica de juros (Selic) ele espera encerrar em 11,25%, abaixo do previsto por Luiz Moan Yabiku Júnior, vice-presidente da Associação Nacional dos Fabricantes de Veículos Automotores (Anfavea). Isto é, ele espera taxa a 11,75%.
Um dos mais otimistas com seu setor é o presidente do Sindicato das Indústrias da Construção Civil (SindusCon), Sérgio Tiaki Watanabe. "No começo do ano, prevíamos crescimento de 9% para 2010. Agora estamos revendo este percentual, o qual deve chegar a alta de 10% ou 11%", estima. "Mas ainda temos muitos desafios pela frente", acrescenta.
Fernanda Bompan
Fonte: DCI

Curiosidades/maluquices/excentridades/Novidades/Informações?  

OK:
A expressão inglesa "OK" (okay), que é mundialmente conhecida pra significar
algo que está tudo bem, teve sua origem na Guerra da Secessão, no EUA.
Durante a guerra, quando os soldados voltavam para as bases sem nenhuma
morte entre a tropa, escreviam numa placa "0 killed" (nenhum morto),
expressando sua grande satisfação, daí surgiu o termo "OK".
 
  
   Saúde, bem estar, serviços, qualidade de vida

 Coquetel de aminoácidos pode ajudar a viver mais, dizem cientistas - http://noticias.uol.com.br/ultnot/cienciaesaude/ultimas-noticias/bbc/2010/10/08/coquetel-de-aminoacidos-pode-ajudar-a-viver-mais-dizem-cientistas.jhtm

Um estudo realizado por cientistas na Itália revelou que camundongos que beberam um coquetel com três tipos de aminoácido tiveram um aumento de 12% de suas expectativas de vida em comparação com cobaias que não passaram pelo tratamento.
Além de viver mais, os camundongos que tomaram os aminoácidos também mostraram uma melhora na forma física e na coordenação, revertendo problemas associados à idade avançada.
Nos experimentos, descritos em um artigo na publicação científica Cell Metabolism, as cobaias saudáveis, de meia idade, receberam água contendo os aminoácidos leucina, isoleucina e valina.
Estudos anteriores haviam comprovado que estes três aminoácidos aumentam a expectativa de vida das leveduras.
Mais testes
Os aminoácidos são moléculas que formam as proteínas. Eles são comercializados na forma de suplementos para fisiculturistas, pois ajudam a cultivar a massa muscular.
A equipe de pesquisadores, liderada por Enzo Nisoli, da Universidade de Milão, disse que o estudo oferece uma análise do papel dos aminoácidos na prevenção e no controle de doenças relacionadas à idade em humanos.
No entanto, lembram que ainda é preciso fazer mais testes para conhecer ao certo o grau de eficiência do tratamento em humanos.

  Relaxe 

Numa livraria, o cliente pede ao balconista:
— Por favor, queria comprar aquele livro... O "Como Ficar Milionário da Noite Para o Dia", você tem?
— Claro, só um minutinho que eu vou buscá-lo. — responde o vendedor.
Ele volta com dois livros e começa a embrulhá-los para o cliente:
— Moço, é... Desculpe, mas eu só pedi um livro! - argumenta o cliente.
— Eu sei, o outro é o código penal. Vendemos sempre os dois juntos.

Nenhum comentário:

Postar um comentário