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terça-feira, 21 de setembro de 2010

Noticias e outras - 1.205




Meditemos

 Em fazenda fina é que a mancha pega 

Desiderata  Vá placidamente por entre o barulho e a pressa e lembre-se da paz que pode haver no silêncio. Tanto quanto possível, sem capitular, esteja de bem com todas as pessoas. Fale a sua verdade calma e claramente; e escute os outros, mesmo os estúpidos e ignorantes; também eles têm sua história. Evite pessoas barulhentas e agressivas. Elas são tormento para o espírito. Se você se comparar a outros, pode tornar-se vaidoso e amargo; porque sempre haverá pessoas superiores e inferiores a você. Desfrute suas conquistas assim como seus planos. Mantenha-se interessado em sua própria carreira, mesmo que humilde; é o que realmente se possui na sorte incerta dos tempos. Exercite a cautela nos negócios; porque o mundo é cheio de artifícios. Mas não deixe que isso o torne cego à virtude que existe; muitas pessoas lutam por altos ideais; e por toda parte a vida é cheia de heroísmo.
  Seja você mesmo. Principalmente não finja afeição, nem seja cínico sobre o amor; porque em face de toda aridez e desencantamento ele é perene como a grama. Aceite gentilmente o conselho dos anos, renunciando com benevolência às coisas da juventude. Cultive a força do espírito para proteger-se num infortúnio inesperado. Mas não se desgaste com temores imaginários. Muitos medos nascem da fadiga e da solidão. Acima de uma benéfica disciplina, seja bondoso consigo mesmo. Você é filho do Universo, não menos que as árvores e as estrelas. Você tem o direito de estar aqui. E, quer seja claro ou não para você, sem dúvida o Universo se desenrola como deveria. Portanto, esteja em paz com Deus, qualquer que seja sua forma de concebê-lo e seja qual for a sua lida e suas aspirações, na barulhenta confusão da vida, mantenha-se em paz com a sua alma.Com todos os enganos, penas e sonhos desfeitos, este é ainda um mundo maravilhoso. Esteja atento. Empenhe-se em ser feliz.
 


Opiniao

Uma cultura política: o nacional-estatismo - *) DANIEL AARÃO REIS é professor de História Contemporânea na Universidade Federal Fluminense. Fonte: http://www.eagora.org.br/arquivo/uma-cultura-politica-o-nacional-estatismo/

Nas últimas décadas do século passado, transformações consideradas inexoráveis, como o processo de globalização, o declínio do Estado do Bem-Estar Social e a desagreg ação do socialismo soviético apontavam para o fim do Estado Nacional, um anacronismo. Restava apenas o necrológio.

Entretanto, certos processos históricos em nosso continente, como o da Venezuela e o da Bolívia, sem falar no surpreendente desenvolvimento econômico da China, recolocaram na ordem do dia esta cultura política que parecia morta e enterrada: o nacional-estatismo.

Trata-se de uma longa história.

Desde o início do século XX, na Ásia e no mundo muçulmano, nas brechas criadas pelas rivalidades das grandes potências, surgiram concepções que defendiam a ideia de um forte Estado nacional como condição de emancipação econômica e independência política. Sun Yat-sen, na China, e Mustafá Kemal, na Turquia, tornaram-se pais das respectivas pátrias, reconhecidos até hoje, por terem liderado tais perspectivas.

Em nosso continente, e pelas mesmas razões, Getúlio Vargas, Juan Perón e Lázaro Cárdenas, no Brasil, na Argentina e no México, respectivamente, transformaram-se em grandes figuras históricas nos anos 1930 e 1940.

Nos anos 1950, outros movimentos, mais radicais e com crescente participação popular, confirmariam o vigor do nacional-estatismo. A revolução boliviana de 1952, a tentativa revolucionária na Guatemala, em 1954, as propostas do último governo Vargas (1951-1954) e, finalmente, a revolução cubana, em 1959, foram marcos desta nova onda nacionalista, na qual poderia também figurar o programa pelas reformas de base no Brasil, entre 1961 e 1964.

É verdade, Cuba tornou-se um país socialista. Mas a revolução, quando vitoriosa, era essencialmente nacionalista — o programa, as bases sociais e a maioria das lideranças, inclusive Fidel Castro. Em perspectiva histórica, pode e deve ser reconhecida como ala extrema de um processo que, desde os anos 1930, mobilizou e convulsionou o continente. Aliás, se o foco de análise se amplia, pode-se dizer que no período posterior ao fim da II Guerra Mundial, até meados dos anos 1970, no então chamado Terceiro Mundo, o nacional-estatismo viveu uma época de ouro.

Quais as características mais importantes desta cultura política?

Um Estado controlador e intervencionista, quando não, ditatorial. Políticas públicas desenvolvimentistas e mercado regulado. Movimentos ou partidos, aglutinando diferentes classes sociais em torno de ideologias nacionais e de lideranças carismáticas, baseadas em alianças concertadas, ativas e conscientes, entre Estados, empresários privados e trabalhadores.

Esta cultura política suscitou a oposição de forças poderosas e heterogêneas, de direita e de esquerda. As direitas, cosmopolitas e liberais, não podiam senão se opor às propostas nacionalistas e estatais. As esquerdas socialistas e comunistas, embora favoráveis a muitos aspectos do nacional-estatismo, competiam com ele pela liderança dos trabalhadores urbanos e rurais. Diferentes motivações, portanto, formariam uma verdadeira santa aliança contra o inimigo comum a ser abatido.

Sob o conceito vago de populismo, construído por uma certa sociologia paulista, todas estas forças tentaram, então, apresentar o nacional-estatismo como um projeto malsão por natureza, manipulador e corruptor. Virou quase um senso comum a associação dos líderes populistas ao que de pior existe nos costumes políticos: demagogia, mistificação, desvio de dinheiros públicos.

Assim, e em grande medida, o golpe de 1964 foi dado para eliminar o populismo. Da mesma forma, as esquerdas revolucionárias, no pós-1964, estavam convencidas que o populismo entrara em colapso definitivo, destinado à lata do lixo da História.

Mas não foi isto que ocorreu.

Ainda sob a ditadura, o governo Geisel retomaria em grande estilo as orientações nacional-estatistas. Depois da restauração democrática, ao longo dos anos 1980 e 1990, o nacional-estatismo, defendido por várias forças de esquerda, resistiria ao vendaval do liberalismo triunfante. Sua força atual no mundo, nas Américas e no Brasil, favorecida agora pela grande crise de fins de 2008, evidencia raízes, interesses e bases sociais que é necessário menos apostrofar, e mais e melhor estudar e compreender .

Mesmo porque, neste ano de 2010, as campanhas eleitorais de Dilma Rousseff e José Serra, para não falar nos demais candidatos, irão mostrar, ainda uma vez, que a cultura política nacional-estatista permanece bem viva e será um elemento essencial nas disputas políticas dos próximos anos.

CUBA – FAROL DO MUNDO? - 13.09.2010- por Ralph J. Hofmann - http://www.opiniaolivre.com.br/index.php?flavor=lerArtigo&id=1549
Passei os últimos dos dias aproveitando as horas livres para assistir uma série de vídeos anexos ao boletim da semana da Midia@Mais desta semana, feitos por exilados cubanos nos anos 80.

Esses exilados de forma alguma eram emigrados de primeira hora, aqueles que no primeiro ano após a queda de Fulgêncio Batista seguiram para o exterior. Alguns deles haviam sido presos nas masmorras do regime de Batista. Quase todos haviam estado nas montanhas com Fidel Castro e os comandantes Che Guevara, Huber Matos e Camilo Cienfuegos nos dias em que o objetivo era derrotar o governo e estabelecer uma democracia justa.

Huber Matos foi a primeira baixa. Meses depois da vitória dirigiu-se a Fidel e disse que não gostava do que estava acontecendo. Sentia que não se estava organizando as instituições de um estado democrático para fazer eleições em um ano, conforme fora prometido, e sentia que o movimento estava sendo cooptado por comunistas. Fidel negou-se a reconhecer os comentários e Huber Matos pediu demissão e dirigiu-se à província de Oriente para iniciar uma carreira como professor. Semanas depois Camilo Cienfuegos apareceu na sua casa, compungido, mas com ordens de prendê-lo por traição. Huber o acompanhou e aí começaram 20 anos de encarceramento.

Vinte anos depois, quando Huber Matos foi solto, estando em Santiago de Chile a trabalho comentei a um amigo, comunista tradicional, sobre a injustiça desses longos anos de prisão a um homem leal, que simplesmente dissera ao caudilho Fidel que se era assim se afastava do movimento e do governo revolucionário. Meu amigo, comunista, bem informado e um homem que pensava por si, como é comum encontrar no Chile, me disse que à época da prisão de Huber as telefonistas de longa distância da Província de Orienta costumavam atender o telefone e em tom de voz neutra diziam: “El Comandante Huber Matos no es un traidor. El número que desea señor?” Claro que depois de sete meses, quando Fidel anunciou que a revolução passara a ser comunista/marxista foram obrigadas a parar com isto.

Pouca semanas depois foi a vez de Camilo Cienfuegos. Era muito popular entre os veteranos. Uma figura de líder quase místico. Poderia fazer sombra ao Líder. Simplesmente sumiu. Nada se sabe sobre seu destino.

E assim sucessivamente foram presos e/ou executados a maioria dos líderes carismáticos e independentes responsáveis pela vitória dos revolucionários.

Nos anos que se seguiram foram caindo pelo caminho, presos, condenados a penas de 20 ou mais anos, milhares de pessoas. Calcula-se que a população de presos políticos nas prisões de Castro sempre oscilou, e mesmo agora oscila em torno de 20.000 pessoas. Num país de 10 ou 11 milhões de habitantes. Dez por cento dos cubanos por nascimento vivem hoje em outros países. Cento e vinte mil desses saíram pelo porto de Mariel, que Lula quer reconstruir, em 5 ou 6 meses no ano de 1980. Fidel autorizou a saída dos descontentes num rompante, com o objetivo de criar problemas aos Estados Unidos, tendo aproveitado para colocar no meio destes criminosos empedernidos comuns, possivelmente para denegrir a imagem dos cubanos exilados, bem como homossexuais a quem dentro de seus arroubos machistas mandara prender e torturar com o alegado intuito de reeducá-los desde a primeira hora.

As entrevistas fascinam e são coerentes umas com as outras. A descrição das torturas, espancamentos e mortes em campos de trabalho, masmorras de um metro e meio por sessenta centímetros com cinco presos, sem água corrente e sanitário onde ficavam presos durante 4 ou 5 meses são horrorosas.

Armando Valladares conta a história de um menino de 13 anos, Robertito, preso entre adultos, estuprado numa cela de criminosos e depois classificado de homossexual pelas autoridades carcerárias. Aos 13 a nos havia dito alguma coisa que foi interpretada como contra-revolucionária e bastou isto. Outros relatos corroboravam esta história.

Não me estenderei sobre este aspecto, pois espero incluir ao fim deste artigo os links onde podem ser acessados alguns destes vídeos. Cada um leva aproximadamente hora e meia para assistir, mas vale a pena. Particularmente chamo a atenção para as entrevistas com simples camponeses presos como latifundiários, comunistas tradicionais presos como contra-revolucionários e maravilha das maravilhas mulheres fantásticas esposas ou namoradas de 14-16 anos que esperaram 20 anos pelos seus homens, como Carla a esposa de Valladares.

Naturalmente os relatos mais fascinantes são os dos escritores e artistas. Afinal são os contadores de história. Contam suas sucessivas prisões, em épocas em que ainda acreditavam no movimento pelo qual haviam lutado na Sierra Maestra, ou nas ruas de Havana. Muitos têm as fotos em que estão barbudos e armados. Há um momento delicioso em que Guillermo Cabrera Infante diz que 90% dos escritores contemporâneos cubanos estão no exílio, e que a arte cubana como um todo, se feita por cubanos só está quebrando paradigmas fora de Cuba. Aliás, Cabrera Infante que vivia em Londres e se naturalizara inglês descreve como o “único escritor britânico que escreve em espanhol”.

Mas chega de falarmos sobre o lado cubano deste artigo. Vamos falar do Brasil.

Nesta mesma semana li o artigo da Época em que se descreve a vida de Dilma, se descreve por alto as torturas que sofreu, sua internação posterior à condenação e há declarações, memórias, da convivência no cárcere por companheiras de cela da época.

As diferenças com Cuba nos acertam no meio da testa. Essas pessoas foram torturadas. Admitamos que isto seja inegável e difícil de engolir no século XX. Uma injustiça não deveria ser comparada a outra, se bem que não sei de ninguém no Brasil que fosse torturado por simplesmente xingar a “Redentora”.

Mas lembro que em meados dos anos setenta tínhamos medo de ir ao banco. Podíamos ficar entre fogo cruzado de assaltantes buscando levantar fundos para o terrorismo e a polícia. Houve torturas para se obter informações e estancar uma série de assaltos, seqüestros e assassinatos. Lamentável? Sim. Inclusive porque o ato de torturar acaba desumanizando o torturador.
Passadas algumas semanas as pessoas eram julgadas e condenadas. Tinham acesso a uma defesa (coisa que em Cuba se resume ao defensor público se limitar a agradecer a corte por não condenar à morte o criminosos contra-revolucionário) e depois enviados a um local de encarceramento organizado, com as próprias presas administrando seus alimentos e outros recursos.

As penas eram condizentes com o máximo de 30 anos tradicional no Brasil. Dilma não ficou na prisão 20 anos como alguém que tivesse simplesmente grunhido: “que droga de revolução” em Cuba.

Que eu saiba, após a condenação, não havia torturas e espancamentos diários como ocorria e ocorre em Cuba até hoje. Não se matava prisioneiros ao bel prazer de um guarda irritado que com o tempo se acostumava a matar.

Todas estas e muitas outras diferenças entre o Brasil e Cuba não são novidade. Especialmente é impossível que os nossos José Dirceu (que beijou a mão de Fidel aos prantos), Dilma, José Genoino, Marco Aurélio Garcia, Celso Miranda, Samuel Pinheiro não saibam disso.

No entanto lá estão eles, carregando dinheiro do povo brasileiro para Fidel e para os novos cubanos da Bolívia e da Venezuela. E certamente sob Dilma farão mais destas proezas, enquanto recebem suas pensões de anistiados por sofrimentos infimamente inferiores aos sofridos pelos prisioneiros cubanos. Será que num futuro sem os Castro, os prisioneiros cubanos, muitos hoje com 70 ou 80 anos receberão pensões? Duvido.

Pensem nisto, cada vez que Lula, Dilma ou qualquer de seus colegas falarem a palavra “Humanitário”, falar “bem-estar”, falar “progresso”,

Castro teve a boa vontade do mundo inteiro aos seus pés em 1959. Durante sete meses, os sete meses após a prisão de Huber Matos, declarou não ser comunista nem Marxista. Gravou entrevistas em inglês para dizer isto. Para de repente fazer uma declaração de que sempre fora marxista e que sempre o será. E mui marxistamente nunca se dedicou a administrar o seu país senão no sentido de reprimir para manter o controle. Não produz o que o país come, dá golpes de mau pagador aos seus credores, e sempre que aparece um novo país com um líder simpatizante trata de sugar-lhe os cofres para repor um milhão de dólares que até 1989 a Rússia lhe dava diariamente (que hoje seriam o equivalente a, pelo menos seis milhões de dólares).

Um modelo de governo para o mundo? Para o Brasil? Para Dilma?


Contabeis

 Exame de Suficiência: saiba o que pretende o CFC

Por Tiago Vieira
Redator do Portal da Classe Contábil

São muitas as dúvidas com relação ao Exame de Suficiência para o exercício da atividade contábil no Brasil, que será realizado em março de 2011. Pensando nisso, o Portal da Classe Contábil, conversou com exclusividade com Maria Clara Cavalcante Bugarim, vice-presidente de desenvolvido profissional e institucional do Conselho Federal de Contabilidade (CFC). Na entrevista, a vice-presidente fala da importância do exame, do método e conteúdo que serão exigidos, além de outras informações importantes para os que se submeterão ao Exame.
Tuiteiros e usuários do Portal puderam colaborar enviando suas perguntas. Confira!
Portal da Classe Contábil (PCC): Qual a importância do Exame de Suficiência para a classe contábil?
Maria Clara Cavalcante Bugarim (MCCB): O Exame é de extrema importância, uma vez que a preocupação maior dos sistemas CFC e CRC's (Conselhos Regionais de Contabilidade) é com a qualidade do serviço profissional, visando acima de tudo proteger a Sociedade e para isso o Exame é um excelente instrumento.
PCC: Quem precisará se submeter ao Exame de Suficiência?
MCCB: Todos aqueles que querem exercer a profissão contábil e que, por algum motivo não se registraram nos CRC's até o dia 29 de outubro de 2010.
PCC: A senhora acredita que os profissionais submetidos ao Exame estão preparados?
MCCB: Os que forem aprovados mostrarão que estão aptos para o exercício profissional. É uma questão de educação continuada e, estar preparado para o exame é estudar diariamente.

PCC: Na sua opinião, alguém pode ser prejudicado pelo Exame?
MCCB: Eu realmente acredito que não. Ninguém pode se sentir prejudicado por demonstrar que não está preparado para exercer sua profissão. De repente, alguém pode se sentir prejudicado pela instituição (de ensino superior) que o aprovou sem que esse alguém tivesse o conhecimento necessário.
PCC: Com a volta do Exame, como ficará a situação dos técnicos de contabilidade?
MCCB: Todos os técnicos que tenham concluído seus cursos até 2015, poderão obter o registro. Após esse prazo, profissionais de nível médio não poderão mais exercer a contabilidade.
PCC: Uma dúvida comum de estudantes e profissionais de contabilidade é quanto ao o modelo de prova que será adotado.
MCCB: Quanto a isso, nós indicamos que os candidatos acessem o site do Conselho Federal de Contabilidade e analisem os dez exames anteriores, pois seguiremos a mesma metodologia, já que ela foi muito bem aceita pela categoria.
PCC: Alguns professores e alunos de contabilidade revelaram ao Portal uma preocupação com o conteúdo da prova: a possível ênfase em assuntos pertinentes ao direito.

MCCB: O conteúdo será atualizado e estará em consonância com a necessidade mínima para se exercer a profissão contábil no mercado de trabalho. Portanto, a ênfase do conteúdo é a contabilidade e não o direito ou qualquer outra área do conhecimento. Como eu falei anteriormente, as provas anteriores são um grande norte para quem pretende estudar.
@tiagogiordano:Técnicos e bacharéis de contabilidade serão submetidos a mesma prova?
MCCB: As provas serão diferentes, com conteúdos programáticos diferentes respeitando as prerrogativas de cada área de atuação. Com relação ao bacharel, ele precisará demonstrar conhecimento mais amplo, uma vez que o técnico de contabilidade, por força legal, não pode exercer perícia contábil, Auditoria e análise de balanço, por exemplo.
PCC: E o Exame será realizado em quantas fases?
MCCB: Será realizado em uma única fase no mesmo dia em todos os estados da Federação.
PCC: Quanto a elaboração, aplicação, fiscalização e aplicação da prova, quem serão os responsáveis?
MCCB: No Conselho Federal foram criadas duas comissões. Uma comissão, que chamamos de comissão estratégica, vai supervisionar todo o exame. Eu coordeno essa comissão como vice-presidente de desenvolvimento profissional e institucional do CFC. A outra comissão, que operacionalizará o exame, vai realmente fazer a prova e, é submetida a nossa comissão. Qual é a ideia? Um grupo faz a prova e nós vamos analisar, referendar e aprovar todo o conteúdo. A partir daí a aplicação vai se dar por parte de todos os Conselhos Regionais de Contabilidade. A exemplo dos exames anteriores, os CRC's ficam responsáveis pela aplicação.
PCC: Então todo o processo do Exame de Suficiência estará sob a responsabilidade do CFC?
MCCB: Sim, a responsabilidade é totalmente do CFC. Porém, quanto a aplicação estamos considerando a possibilidade de contarmos com o apoio da Fundação Brasileira de Contabilidade em conjunto com os Conselhos Regionais. Lembrando que a elaboração da prova é de responsabilidade do CFC.
@kelinesales : Caso a pessoa perca a data do exame, qual será o prazo para refazê-lo e quais os custos?
MCCB: O exame vai acontecer duas vezes no ano, no 1° e no 2° semestre. O primeiro exame será realizado em março de 2011. Então quem perder o primeiro poderá fazer no próximo, ou seja, no 2° semestre. Quanto aos custos, nós ainda não temos essa informação.
Aretha, Ceará: Em sua opinião, o Exame de Suficiência da classe contábil se equipara ao de outras classes, como o da Ordem dos Advogados do Brasil (OAB), por exemplo?
MCCB: Com certeza! Só há uma diferença. O nosso exame, desde a primeiro edição, é realizado sempre no mesmo dia e na mesma hora, cobrando sempre o mesmo conteúdo programático para todo o Brasil. Diferente da OAB que só adotou esse mecanismo recentemente. Infelizmente, assim como acontece com o exame da OAB, os resultados demonstraram que o problema não é com o exame, e sim com o ensino.
PCC: Diante dessa realidade de deficiência do ensino superior, o CFC tem algum projeto ou Ação para minimizar tais deficiências?
MCCB: No final do ano de 2009, nós conseguimos uma vitória muito grande que foi a assinatura de um termo de cooperação mútua com o Ministério da Educação. Esse termo será colocado em prática a partir desse segundo semestre de 2010. O CFC terá condições de emitir um parecer subsidiando o MEC a respeito da qualidade de alguns cursos. Esse parecer será emitido quando uma faculdade abrir um curso de Ciências Contábeis ou precisar revalidá-lo. Lembrando que o CFC não tem força nem poder para interditar nenhum curso. Nosso parecer apoiará o MEC para que tome as devidas decisões.
PCC: A senhora tem mais alguma consideração importante a fazer?
MCCB: Só lembrando que o dia 29 de outubro é o prazo limite para quem já conclui seu curso e pretende exercer a profissão sem se submeter ao Exame de Suficiência. Após essa data, será suspensa a emissão do registro até que o profissional seja aprovado no exame.

Sobre a entrevistada:

No ano de 1996, a contadora alagoana Maria Clara Cavalcante Bugarim ingressou no Sistema CFC/CRCs, assumindo a vice-presidência do Conselho Regional de Contabilidade de Alagoas (CRCAL). Aos 27 anos, assumiu a Diretoria de Contabilidade e Finanças do Instituto Alagoano de Previdência e Assistência Social (IPASEAL) e, em 1991, foi empossada no cargo de auditora-geral do Estado.

A contadora foi presidente do Conselho Regional de Contabilidade de Alagoas de 1998 a 2001 e, após quatro anos de mandato, foi eleita conselheira suplente do Conselho Federal de Contabilidade (2002/2003). Tomou posse, em 2002, como presidente da Fundação Brasileira de Contabilidade (FBC) e, em 2004, passou a conselheira efetiva do CFC.

Após 10 anos de atuação no Sistema CFC/CRCs, Maria Clara Cavalcante Bugarim chegou a Presidência do Conselho Federal para o biênio 2006/2007. Em janeiro de 2008, foi reeleita presidente do CFC, para o biênio 2008/2009.
Fonte: Classe Contábil


Curiosidades/maluquices/excentridades/Novidades/Informações?  
 
VAI TOMAR BANHO:
Em "Casa Grande & Senzala", Gilberto Freyre analisa os hábitos de higiene dos índios versus os do colonizador português. Depois das Cruzadas, como corolário dos contatos comerciais, o europeu se contagiou de sífilis e de outras doenças transmissíveis e desenvolveu medo ao banho e horror à nudez, o que muito agradou à Igreja. Ora, o índio não conhecia a sífilis e se lavava da cabeça aos pés nos banhos de rio, além de usar folhas de árvore pra limpar os bebês e lavar no rio as redes nas quais dormiam. Ora, o cheiro exalado pelo corpo dos portugueses, abafado em roupas que não eram trocadas com freqüência e raramente lavadas, aliado à falta de banho, causava repugnância aos índios. Então os índios, quando estavam fartos de receber ordens dos portugueses, mandavam que fossem "tomar banho". 

Saúde, bem estar, serviços, qualidade de vida

O mau hálito está no ar… - http://saude.abril.com.br/edicoes/0327/medicina/mau-halito-esta-ar-590489.shtml

    * De onde vem o mau cheiro?

…mas, felizmente, é possível despoluir a fonte dos gases fedidos. Milhões de pessoas exalam, sem saber, um odor que incomoda as narinas alheias e não desconfiam de onde ele vem. A origem nem sempre está na boca. Que tal acabar com o problema?
por Diogo Sponchiato
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Há dúvidas existenciais que aparecem em meio a uma conversa, deixando temporariamente sem resposta uma incerteza da alma. Uma delas, longe de buscar um sentido à vida, contempla um temor, o de desagradar o interlocutor — mais especificamente o nariz dele. Aí, o tema da conversa se extravia e a angústia sopra em direção à boca. Mau hálito: tenho ou não tenho... eis a questão. Essa pergunta atormenta, em algum momento, a maioria dos mortais. Afinal de contas, 99,99% dos seres humanos abrigam, de vez em quando, um fedor bucal — ou halitose, como preferem os especialistas.

Mas o odor que nos acompanha depois de uma noite de sono, menos intenso e passageiro, é uma reação natural do organismo, diferente do bafo que gruda no indivíduo do momento em que ele acorda até a hora de dormir. Esse, sim, indica que algo anda errado na boca ou em outro canto do corpo — na garganta, nos seios nasais, no intestino…

“Se, após tomar o café da manhã e escovar os dentes, o mau hálito persistir, há um possível problema”, alerta a dentista Caroline Calil, pesquisadora da Universidade de São Paulo. No caso, a poluição bucal é o sintoma, muitas vezes imperceptível ao olfato do emissor, de alguma desordem. “Cerca de 40% da população sofre de halitose crônica, que não desaparece após a higienização bucal”, estima a dentista Ana Christina Kolbe, presidente da seção baiana da Associação Brasileira de Halitose. Diga-se: existem mais de 60 origens para o mau cheiro, que foi alvo de uma nova revisão de estudos na Universidade de Minnesota, nos Estados Unidos.

O levantamento confirma o que já se observava no consultório: mais de 90% dos episódios de halitose patológica, mau cheiro que estigmatiza seu portador, provém mesmo da boca. E, aí, a higiene inadequada não leva a culpa sozinha. A causa de bafo campeã é a saburra lingual. “Trata-se de uma massa esbranquiçada, formada por células mortas, restos de alimentos e bactérias, que se acumula no dorso da língua, principalmente na parte de trás dela”, descreve Caroline. “Essa camada protege os micro-organismos do oxigênio, que é nocivo a eles, permitindo que se alimentem e se reproduzam”, conta Ana Christina. Sorte dos micróbios, azar do dono da boca e das narinas da vizinhança, reféns do odor de ovo podre. “As bactérias passam a liberar ali compostos gasosos à base de enxofre”, explica Caroline.

A popular saburra, no entanto, é apenas o desfecho de um processo, que envolve deficiências vitamínicas ou alterações na quantidade e na qualidade da saliva. “É esse líquido que garante a autolimpeza da cavidade bucal”, justifica o dentista paulista Arany Tunes, membro da Associação Internacional de Pesquisa sobre o Mau Hálito. Quando ele se encontra em baixa ou viscoso demais, a probabilidade de bactérias e companhia se depositarem na traseira da língua é muito maior. E por que as fábricas de saliva desaceleram a produção? “Ingestão inadequada de líquidos, dieta desequilibrada, distúrbios hormonais, infecções e até medicamentos podem prejudicar as glândulas salivares”, elenca a dentista Denise Falcão, da Universidade de Brasília (UnB).

Dessa lista não fica de fora o estresse, que também sabota o trabalho das glândulas. A tensão, aliás, é um capítulo à parte quando falamos em bafo. Ela contribui descaradamente para a erupção do mau cheiro, como comprovam duas pesquisas recentes conduzidas pela dentista Caroline Calil e seus colegas na Universidade Estadual de Campinas. No primeiro estudo, 40 voluntários foram submetidos a testes de desempenho mental com a duração de dois minutos. “Medimos o hálito dos participantes antes e depois da prova e notamos que, após a situação de estresse, aumenta a concentração de compostos à base de enxofre na boca”, relata Caroline. Se em dois minutos já ocorrem mudanças ali, que dirá em um extenso vestibular ou uma tarde de trabalho?! A outra descoberta é fruto de uma experiência em laboratório. Quando estamos nervosos, liberamos adrenalina, hormônio que chega à saliva. “Observamos que as bactérias conseguem se alimentar dessa substância”, conta Caroline. Esse banquete termina, é claro, com fogos de artifício, isto é, com a libertação daqueles gases fétidos.

Já deu para sentir que qualquer mau hálito persistente merece investigação. Até problemas nos rins e no fígado, além de tumores do aparelho digestivo, podem acender um odor desagradável. É preciso, nessas horas, se desvencilhar da vergonha e procurar um especialista em halitose — é ele quem possui o faro, a competência e os instrumentos necessários para caçar o foco da desordem. “O mau hálito só é curado quando conseguimos fechar o diagnóstico”, diz Ana Christina Kolbe.

Para chegar a ele, além da avaliação clínica e da análise do histórico do paciente, são recrutados alguns testes e equipamentos. “Solicitamos um exame de saliva e usamos aparelhos que medem a concentração de compostos gasosos na boca”, exemplifica Caroline Calil. Identificada a origem do fedor, pode-se, enfim, planejar o mutirão de limpeza. Se o mau cheiro provém de uma sinusite, a missão é desocupar os seios nasais. Se o intestino anda muito preguiçoso e sua moleza reverbera lá na cavidade bucal, um tratamento e mudanças de hábito podem embargar o esgoto. Por fim, se a amígdala é a sede do mau hálito, extirpálas é, muitas vezes, o caminho para purificar a garganta. “Hoje existem também enxaguatórios específicos para eliminar os cáseos, massas esbranquiçadas que se alojam ali”, lembra Maurício Duarte.

Mas... e a saburra, a líder das reclamações? Há produtos próprios para neutralizar o mau cheiro, mas a saída definitiva costuma exigir intervenções que equilibrem a produção de saliva. “Contamos com remédios que estimulam as glândulas salivares, bem como artefatos de silicone que, ao serem mastigados, aumentam a produção de saliva”, conta Arany Tunes. Entre as novidades terapêuticas voltadas à boca seca, destacam-se dispositivos eletrônicos que, insta lados dentro dela, instigam a salivação. “Eles são acoplados em uma placa de mordida ou em coroas parafusadas sobre implantes e, por meio de um controle remoto acionado pelo paciente, provocam um estímulo elétrico que atinge os nervos ligados às glândulas salivares”, diz Denise Falcão, que estuda essa solução em seu doutorado pela UnB. “Não há efeitos colaterais e os sinais emitidos são imperceptíveis ao paciente”, completa. É a mais alta tecnologia em prol de uma boca hidratada e de um hálito fresco e saudável.

O bafo matinal
É raro encontrar alguém que levanta da cama com um hálito balsâmico. “O mau cheiro, nesse caso, é normal e se deve à redução da saliva durante o sono e ao jejum prolongado da madrugada”, explica o dentista Maurício Duarte da Conceição, diretor da Clínica Halitus, em Campinas, no interior paulista. Não pense que o fedor vem do estômago. “Isso é um mito”, ressalta o gastroenterologista Francisco Salfer do Amaral, do Instituto de Gastroenterologia e Endoscopia Digestiva de Joinville, em Santa Catarina. Em jejum, cai o estoque de glicose, o combustível das células proveniente da alimentação. Para suprir a energia necessária, são quebradas moléculas de gordura, um fenômeno que libera substâncias gasosas cheias de enxofre. “Elas caem no sangue, passam pelos pulmões, onde ocorrem as trocas de gás, e, assim, são eliminadas quando expiramos”, conta Ana Christina. Sim, o fedor vem dos pulmões. A história se repete ao ficarmos horas sem comida.

Fragrância de alho
Quem degusta um prato temperado com esse condimento, especialmente sua versão crua, tem de aguentar mais tarde um bafo que espanta, dizem as lendas, até vampiro. Não adianta escovar os dentes nem lançar mão de balas. O odor só vai embora após substâncias como a alicina terminarem sua viagem pelo corpo. Depois de absorvidas, elas caem no sangue e trafegam até os pulmões e... já viu. Com a coleta dos gases que precisam ser eliminados, são captadas e endereçadas à boca durante a expiração. Assim surge aquele bafo de alho, que, no campo da gastronomia, também é causado pela cebola e outros temperos.

Será que eu tenho?
Voltamos à questão que inaugurou esta reportagem: saber se há um jeito fácil e caseiro de flagrar o mau hálito. Ora, muitos portadores do transtorno desenvolvem uma fadiga olfativa e deixam de sentir sua própria emanação. Já adiantamos que não há um método 100% eficaz de fazer um autoexame. Bafejar na palma da mão ou passar uma gaze na língua nem sempre oferece a resposta correta. “Há pessoas com baixa salivação que tampouco têm a sensação de boca seca”, diz Arany Tunes. Agora, quando o bafo — ou uma sensação de gosto ruim na boca — persiste após a escovação, há bons sinais do problema. Uma das melhores formas de surpreendê-lo quando as próprias narinas não estão aptas a identificar o mau cheiro é sondar amigos ou familiares. E, caso a suspeita se confirme, correr para o dentista.

Roteiro contra o bafo

Hidrate-se
Como 99% da saliva é constituída de água, manter-se hidratado é fundamental para garantir a quantidade e a qualidade ideais do líquido.

Mastigue bem
Para tanto, aposte nos alimentos ricos em fibra. Duros de quebrar, eles exigem mais mordidas, o que incita a fabricação de saliva.

Controle o estresse
Como você já viu, a tensão míngua a produção salivar e ainda contribui com a multiplicação das bactérias que dominam a língua.

Maneire no álcool
Em excesso, ele provoca uma desidratação que não poupa a cavidade bucal. Quem já experimentou uma ressaca conhece bem a sensação de boca seca.

Não abuse de balas e afins
Se você recorre a elas de minuto em minuto, tome cuidado. Elas podem mascarar uma halitose e, em vez de resolver o problema, são capazes de amplificá-lo.

Coma a cada quatro horas
O jejum é um gatilho para o mau hálito. Portanto, trate de repartir as refeições ao longo do dia, de modo que seu corpo permaneça sempre abastecido.

Por um canteiro de flores
Exageros à parte, uma higienização bucal adequada ajuda, e muito, a espantar o mau hálito

Fio dental
Ele entra em ação para remover os restos de alimento que se depositam entre os dentes e a gengiva — uma refeição completa para as bactérias. “Deve ser usado antes da escova. Caso contrário, seria a mesma coisa que lavar a casa antes de varrê-la”, diz Ana Christina Kolbe. Se o fio apresentar marcas constantes de sangue ou ficar com manchas amarelas ou marrons, visite o dentista. Pode ser uma gengivite ou seu estágio mais grave, a periodontite.

Escova e pasta dentais
A higiene da boca é mecânica, ou seja, depende dos serviços prestados pela escova. É bobagem exagerar na porção de pasta, o que confere uma sensação ilusória de frescor. “A quantidade ideal é a de um grão de ervilha”, afirma Ana Christina. Com a carga correta, a escova está pronta para fazer a faxina de todos os dentes após as refeições. Vale caprichar na limpeza antes de dormir, porque, durante o sono, cai a oferta de saliva.

Enxaguatório
Existem dezenas de fórmulas do produto destinado aos bochechos. “O enxaguatório não faz mal à saúde, mas o perigo é substituir a escovação por ele”, diz Caroline Calil. Existem versões específicas e eficazes para combater o mau hálito, outras para controlar as cáries... O ideal, contudo, é que elas sejam receitadas pelo dentista. O uso indiscriminado de alguns antissépticos, sobretudo os que contêm álcool, pode causar lesões na mucosa da boca.

Limpador de língua
O utensílio faz mesmo a diferença. “Enquanto a escova retira 0,6 grama de saburra lingual, o limpador recolhe 2, 3 gramas”, compara Ana Christina. Tamanha presteza depende da eleição de um bom modelo — e, aí, o conselho é conversar com o seu dentista. Há mais vantagens que pesam a favor do limpador. “Mesmo no fundo da língua ele não provoca tanta ânsia”, diz Caroline. “Além disso, as cerdas da escova danificam mais as papilas gustativas”, conclui Ana.


 Relaxe 

A loira pede uma pizza pelo telefone. Então, a atendente da pizzaria pergunta:
- A senhora quer que eu corte em quatro ou em oito pedaços?
E a loira:
- Em quatro, por favor! Eu jamais agüentaria comer oito pedaços.
 

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