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segunda-feira, 9 de dezembro de 2013

Recebimento de documento fiscal irregular - Responsabilidade solidaria - Micro e pequenas empresas têm prazo de 30 dias para agendamento pelo Simples Nacional - INSS de empregado doméstico pode ser pago até o dia 20 - Defensores da impunidade - Ainda a educação grega - A teoria do foco guerrilheiro -




há cinco anos

Palavra é como abelha, tem mel e ferrão
 
A perro flaco, todo son pulgas
 

Atendimento Previdenciário de 21 a 26 dezembro
 
Senhores Contadores,
Foi solicitado ao nosso Sindicato que repasse a todos vocês a seguinte informação:
Solicito a gentileza de  divulgar para os contadores a nota abaixo:
Está previsto que no período de 21 a 26 de dezembro de 2013 haverá a migração da plataforma alta para a baixa dos sistemas previdenciários, conforme Nota Técnica Coaef nº 25/2013, de 04/12/2013. Diante disso, para o período de 23 a 27 de dezembro, será necessária a suspensão de todos os serviços previdenciários.

Para minimizar o problema, todos os contribuintes que tiverem certidões vencendo neste período terão suas certidões emitidas automaticamente pelo sistema, caso não tenham nenhuma pendência.
Sugere-se que os contribuintes antecipem suas demandas, tendo em vista a suspensão do atendimento no período supra mencionado e a diminuição do número de atendentes com o recesso de final de ano.

Atenciosamente,
Anna Angélica Alves e Costa -
Agente da ARF São João del Rei

Recebimento de documento fiscal irregular - Responsabilidade solidaria


 
1 - Introdução
 Várias são as situações que demonstram a importância da conferência do documento fiscal. Na verdade o contribuinte do ICMS deve analisar vários dispositivos legais para concluir essa afirmativa.
 Tão importante quanto a conferência por parte do remetente é a conferência efetuada pelo contribuinte destinatário. Isso porque o recebimento de documento fiscal com incorreções pode ocasionar o que chamamos de responsabilidade solidária em relação à irregularidade cometida pelo remetente, conforme previsto noart. 5º da Lei Complementar nº 87/96, aplicada ao ICMS:
 "Art. 5º Lei poderá atribuir a terceiros a responsabilidade pelo pagamento do imposto e acréscimos devidos pelo contribuinte ou responsável, quando os atos ou omissões daqueles concorrerem para o não recolhimento do tributo."
A solidariedade também está presente noart. 124 do CTN, aplicada ao ICMS e demais tributos:
 "Art. 124. São solidariamente obrigadas:
  I - as pessoas que tenham interesse comum na situação que constitua o fato gerador da obrigação principal;
  II - as pessoas expressamente designadas por lei.
  Parágrafo único. A solidariedade referida neste artigo não comporta benefício de ordem."
.......
4 - Conclusão
 Ao receber mercadoria ou bem de terceiro, o destinatário deve conferir o documento fiscal emitido e se certificar que foram cumpridos todos os requisitos previstos na legislação.
 A conferência deve abranger desde o preenchimento de campos obrigatórios com informações verídicas em todos os aspectos, sendo importantíssimo observar o cálculo correto do imposto, a aplicação ou não de benefícios fiscais, aplicação ou não da substituição tributária, diferimento, suspensão do imposto e as condições para a aplicação destes.
 Receber um documento fiscal irregular pode acarretar sérios prejuízos financeiros para a empresa, vez que sendo considerada como responsável por solidariedade, poderá ser obrigada a pagar ao fisco o imposto não pago pelo remetente com os acréscimos legais cabíveis.
 Há ainda o risco de sanções penais, nos casos caracterizados como crime contra a ordem tributária.
 Novo limite de faturamento entra em vigor a partir de 1º de janeiro de 2014
 As micro e pequenas empresas do Estado da Paraíba, com faturamento de até R$ 3,6 milhões no ano, têm prazo de 30 dias para fazer o agendamento, via internet, pela opção do Simples Nacional. O agendamento, que permite a verificação prévia de pendências jurídicas e fiscais que podem interferir na concessão do benefício, está disponível no Portal do Simples Nacional no endereço www.receita.fazenda.gov.br/simplesnacional. O agendamento para a opção no Portal do Simples Nacional será até o dia 30 de dezembro.
 O governador Ricardo Coutinho elevou o faturamento das empresas optantes do Simples Nacional no Estado de R$ 2,520 milhões para até R$ 3,6 milhões. O decreto 34.411, que estabelece o novo limite para as microempresas e empresas de pequeno porte do Simples, entra em vigor a partir de 1º de janeiro de 2014. Aquelas que estão fora do regime nesse valor limite de faturamento podem ingressar.
 A Paraíba, ao adotar o novo valor, se equipara ao limite nacional e de outros 13 estados do País e do Distrito Federal e deverá atrair novas empresas ao regime. O Simples Nacional, além de uma carga tributária menor que outros regimes, também unifica o pagamento de seis tributos numa única guia.
 O agendamento é um serviço que tem o objetivo de facilitar o processo de ingresso no Simples Nacional das micro e pequenas empresas, possibilitando ao contribuinte manifestar de forma antecipada o interesse pela opção para o ano seguinte do regime e verificar antes do prazo final as pendências impeditivas ao ingresso no Simples. O telefone do setor do Simples da Secretaria de Estado da Receita para tirar dúvidas é (83) 3218-4779.
 Após o agendamento ser confirmado, não há necessidade de se realizar qualquer procedimento adicional, caso não exista pendência. No dia 1º de janeiro de 2014 será gerado o registro da opção pelo Simples Nacional e, no dia 2 de janeiro, será disponibilizado o respectivo Termo de Deferimento.
 Caso sejam identificadas pendências, elas serão apresentadas ao contribuinte e o agendamento não será aceito. O contribuinte deve regularizar as pendências identificadas e proceder um novo agendamento. Se as pendências não forem regularizadas até o fim do prazo do agendamento, a empresa ainda poderá solicitar a opção no mês de janeiro e regularizá-las até o dia 31 de janeiro.
 Em vigor desde dezembro de 2006, a Lei Geral da Micro e Pequena Empresa instituiu o Simples Nacional. É o regime diferenciado e simplificado de tributação que reúne na mesma guia de recolhimento seis impostos federais (PIS, Cofins, INSS, Imposto de Renda, CSLL e IPI), um estadual (ICMS) e um municipal (ISS). O Simples inclui ainda o Micro Empreendedor Individual (MEI), em vigor desde julho de 2010, criado para empreendedores, cujo faturamento anual é de até R$ 60 mil.
 
INSS de empregado doméstico pode ser pago até o dia 20 - http://www.4mail.com.br/Artigo/Display/027254135407064
 
 Prazo maior vale apenas para este mês, incluindo o salário de novembro e o 13º
 Os empregadores domésticos têm até o dia 20 deste mês para recolher as contribuições ao INSS de seus funcionários referentes a novembro e ao 13º salário deste ano.
 Excepcionalmente em dezembro, o INSS concede prazo um maior de cinco dias para o pagamento, além de permitir o recolhimento das duas contribuições em guia única. Normalmente, o vencimento é no dia 15 de cada mês.
 A permissão para o recolhimento até o dia 20, em uma só guia, foi dada pelo artigo 2º da lei nº 11.324, de 19 de julho de 2006, que acrescentou o parágrafo 6º ao artigo 30 da lei nº 8.212, de 24 de julho de 1991 (quando no dia 20 de dezembro não houver expediente bancário, a regra manda antecipar o prazo para o dia útil anterior).
 Para o recolhimento em guia única, o empregador deve somar o valor da contribuição do 13º ao da competência novembro.
 Detalhe importante: os valores devem ser calculados em separado, ou seja, o recolhimento em dobro não altera a alíquota. O campo "Competência" da GPS será preenchido com 11/2013.
 Assim, por exemplo, se o empregador paga salário de R$ 1.000 por mês, deve recolher 20% (8% do empregado e 12% dele) sobre cada um dos valores.
 Nesse caso, serão R$ 200 referentes a novembro e R$ 200 referentes ao 13º salário, no total de R$ 400 (se os valores fossem somados, ou seja, R$ 2.000, a contribuição seria de R$ 420, uma vez que, nesse caso, a contribuição do empregado seria de 9%, totalizando 21%).
 Se o empregador recolher apenas a contribuição de novembro sob a competência 11/2013, terá de preencher uma nova guia para recolher a do 13º salário.
 Nesse caso, o campo "Competência" será preenchido com 13/2013. Até 15 de janeiro de 2014 deve ser recolhida a contribuição referente ao salário de dezembro, sob a competência 12/2013.
 Os contribuintes individuais (autônomos, facultativos) não têm prazo maior.
 O prazo de pagamento da competência novembro (não há a do 13º salário) deve ser feito até o dia 16 deste mês, uma vez que dia 15 é domingo.
 Nesta conta estavam incluídos ainda programas que envolvem o Pis e o Cofins e tributação de base especial
 A estimativa foi feita hoje (29) pelo secretário da Receita Federal, Carlos Alberto Barreto.
 O valor está abaixo da estimativa de R$ 16 bilhões do Ministério da Fazenda.
 De acordo com o Relatório de Receitas e Despesas referente a economia no quinto bimestre deste ano, divulgado pelo Ministério da Fazenda na semana passada, o governo estimava recuperar em impostos atrasados R$ 16,4 milhões.
 Nesta conta estavam incluídos ainda programas que envolvem o Pis e o Cofins e tributação de base especial.
 “A nossa estimativa é de R$ 7 bilhões a R$ 12 bilhões [de arrecadação], se der mais, seria ótimo”, declarou Barreto, depois de participar de evento no Rio. Segundo ele, o valor que deve ser pago pelas empresas ao governo só será consolidado em janeiro de 2014.
 Carlos Barreto confirmou que o balanço com o número de empresas que aderiram a programas de refinanciamento de tributos federais, cujo o prazo de adesão foi encerrado nesta sexta-feira, será divulgado na próxima quarta-feira (4).
 
Defensores da impunidadePercival Puggina
               Você está surpreso? Eu não. Nunca levei a sério políticos e partidos que centravam sua estratégia rumo ao poder no ataque impiedoso à honra dos adversários e na afetação de virtudes excelsas. Muito escrevi sobre a conduta irresponsável dos que, sem qualquer escrúpulo ou discernimento, se apresentavam com lança-chamas e tonéis de gasolina ao menor sinal de fumaça que surgisse nas proximidades de seus oponentes. Mas a estratégia foi exitosa. A sociedade sentiu-se inclinada a crer na virtude dos acusadores, desatenta para o fato de que onde estiver o ser humano estarão presentes as potências do mal e do bem. E o que melhor detém a ação do mal é a certeza da punição. Na política não existe imunidade natural frente ao poder de corrupção. Nem frente à corrupção nos escalões do poder. O que funciona é a certeza de que as instituições estão moldadas de forma a identificar e punir os culpados. E o Brasil não chega em 63º lugar no ranking da honestidade sem uma bem consolidada cultura de impunidade.
             Em nosso país, a mentira é direito humano. A impunidade é cuidadosa construção. Lança fundações nos meandros de leis e códigos em cujos labirintos se orientam os bons advogados. Ergue paredes nos flagrantes não homologados por motivos irrelevantes. Lança pilares e vigas na permissividade das execuções penais e na benevolente progressão das penas. Ganha telhado quando a criminalidade é tanta que muitos delitos ficam banalizados, inclusive sob a ótica da sociedade e de seus julgadores. A maioria dos crimes praticados no país sequer é notificada pelas vítimas. O telhado protetor da impunidade foi, assim, posto e bem posto.  Somos um estranho país onde é acusado de criminalizar os movimentos sociais quem comete a inaudita violência de descrever o que fazem. Somos um país onde condenados passeiam livremente nas ruas porque não há vaga nos presídios. E não se constroem presídios.
               Pois o rumoroso processo do Mensalão realiza a façanha, depois de sete longos anos, de chegar ao período de sentenças definitivas, transitadas em julgado. Não faria o menor sentido discutir, aqui, a correção das condenações. Quase todas foram proferidas por ministros do STF indicados pelo governo do partido dos réus. Ambos, governo e partido reconheceram os crimes. O próprio Lula, em 12 de agosto de 2005, no auge do escândalo, falou à nação: "Eu me sinto traído. Traído por práticas inaceitáveis, das quais nunca tive conhecimento. (...) Não tenho nenhuma vergonha de dizer ao povo brasileiro que nós temos que pedir desculpas. O PT tem que pedir desculpas. O governo, onde errou, tem que pedir desculpas" (há vídeo no YouTube com o título "Lula pede desculpas"). No mesmo dia, Tarso Genro, no exercício da presidência do PT, anunciou a refundação do partido e disse que este iria punir cada um dos envolvidos em denúncias de corrupção e caixa dois para financiamento de campanhas (Agência Brasil, 12/08/2005). O atual Ministro da Justiça, José Eduardo Cardozo, na edição da revista Veja de 20/02/2008, em longa entrevista às Páginas Amarelas, reconheceu: "Teve pagamento ilegal de recursos a partidos aliados? Teve. Ponto Final. É ilegal? É. É indiscutível? É. Nós não podemos esconder esse fato da sociedade".
               Agora, desmentem a si mesmos! Adotam uma estratégia desesperada, que fala em "presos políticos", tenta criminalizar o STF, pretende denegrir a imagem do ministro Joaquim Barbosa, e deseja vitimizar os presos perante a opinião pública. É o derradeiro desserviço prestado pelos réus do Mensalão e seus companheiros a uma nação que precisa vencer a impunidade. Talvez pretendessem sair deste processo sentenciados a fazer o que melhor fazem: distribuir algumas cestas-básicas ao povo.
        
Ainda a educação grega - Olavo de Carvalho | 29 Novembro 2013

 Onde quer que tenha surgido uma classe intelectual e dirigente capaz, apta para as mais altas tarefas da inteligência e da vida política, a educação que a preparou seguiu em linhas gerais o modelo grego.
 Platão aprovava o adestramento dos jovens na técnica dos debates, mas achava que o modo pelo qual os sofistas a ensinavam arriscava corromper os alunos, viciando-os em contestar tudo e qualquer coisa e fazendo deles discutidores vazios que, confiantes no poder ilimitado da refutação, acabavam por não acreditar mais em nada. Tornavam-se contestadores cínicos e carreiristas amorais:
 “Os muito jovens, quando tomam gosto pelas argumentações, usam delas como de um jogo, recorrendo a elas sempre com um intuito de controvérsia, e, a exemplo daqueles que os refutaram por completo, eles mesmos refutarão outros, obtendo prazer, como cãezinhos novos, em nos puxar e dilacerar com argumentos, cada vez que nos aproximamos deles... Quando, no entanto, houverem refutado um grande número de pessoas e grande número de pessoas os tiver refutado com uma queda brutal e rápida, ei-los que chegam a não acreditar em mais nada daquilo em que acreditavam antes. Ora..., o homem de mais idade não consentirá em tomar parte nesse delírio, mas imitará antes aquele que consente em dialogar e em buscar a verdade, em vez de imitar aquele que, na controvérsia, joga um jogo pelo prazer de jogar.” (A República, VII, 539 b2-c8.)
 A arte de fazer da discussão um método para a investigação da verdade em vez de um simples jogo ou de um meio de subir na vida, foi precisamente o que Sócrates introduziu na educação grega e que Platão aperfeiçoou sob o nome de dialética. O público que se dirigia a Sócrates para aprender essa arte não se constituía, pois, de crianças nem de adolescentes, mas de adultos jovens e mesmo não tão jovens que já haviam passado pelas duas etapas iniciais da educação grega: a formação literária e artística e o adestramento para as discussões públicas. Com Sócrates eles aprendiam um tipo de discussão em que já não se tratava de vencer um adversário, mas de confrontar idéias e hipóteses diversas e conflitantes com a finalidade de encontrar os princípios comuns que davam a razão de todas elas e assim avançavam um passo em direção à verdade do objeto discutido. Esse exercício era tão alheio à busca de vitórias sofísticas, que tanto podia ser realizado em grupo quanto individualmente, tanto em voz alta como em pensamento.
 Aristóteles apreciava a dialética socrático-platônica e a empregou abundantemente nas suas investigações filosóficas, julgando-a mesmo o único instrumento científico viável nos assuntos novos e inexplorados, onde não se dispõe de nenhum princípio ou premissa geral e se trata precisamente de buscá-los pela primeira vez. A sistematização aristotélica da dialética no livro dos Tópicos constitui, historicamente, a primeira formulação geral daquilo que mais tarde viria a chamar-se “método científico”.
 No entanto, Aristóteles descobriu que no fundo das confrontações dialéticas existia um critério subjacente, não formulado, para a aferição da coerência dos discursos. Toda discussão dialética visava a encontrar as premissas, os princípios fundantes para o estudo desta ou daquela questão, premissas ou princípios dos quais se pudesse então tirar conclusões válidas. Mas, de um lado, a dialética não tinha por si nenhum meio de distinguir se essas premissas eram absolutamente verdadeiras ou eram apenas mais razoáveis do que aquelas das quais a discussão havia partido. De outro lado, todo o esforço dialético era guiado por um ideal de coerência discursiva que a  própria dialética não chegava a explicitar. O que Aristóteles fez foi então tornar explícitas as exigências contidas nesse ideal e formular o conjunto de regras que se devia seguir para atingi-lo. Foi essa arte que ele denominou analítica, mais tarde chamada “lógica”.
 Aristóteles ensinava essa arte no Liceu, a escola que ele fundou e que era uma espécie de upgrade especializado da Academia platônica. Os alunos que vinham aprender lógica com ele já chegavam, portanto, com todo o preparo que haviam recebido nas três etapas anteriores: a formação literária e artística, o adestramento sofístico para as discussões públicas e a dialética socrático-platônica.
 Essa breve narrativa mostra que tanto a história da evolução da educação grega quanto a gradação das etapas do aprendizado seguido por cada novo aluno já continham, implicitamente e na prática, a escala dos graus de credibilidade que Aristóteles formularia na sucessão dos discursos poético, retórico, dialético e lógico-analítico, à qual dei o nome de “teoria dos quatro discursos”. Essa coincidência de escalaridade entre a evolução histórica de uma cultura e a estrutura das etapas do aprendizado em cada aluno individual sugere que a ordem interna da educação grega é mesmo um modelo ideal, no sentido em que sugeri acima.
 Onde quer que tenha surgido uma classe intelectual e dirigente capaz, apta para as mais altas tarefas da inteligência e da vida política, a educação que a preparou seguiu em linhas gerais o modelo grego. A administração colonial britânica é um exemplo. A série quase inteira dos presidentes americanos é outro. A partir do momento em que as escolas negligenciam a transmissão dos valores universais e permanentes e caem na esparrela de querer infundir nas crianças o culto do que é mais recente e passageiro – sob o nome pomposo de “conquistas avançadas da ciência e da técnica” ou qualquer outro – o resultado é sempre decadência, barbárie, estupidez generalizada. A educação brasileira é o exemplo mais nítido.
“Só se salvarão os que souberem nadar”. Essa foi uma frase memorável, pronunciado por Cataneo, cantor do trio cubano Taicuba, na manhã de 8 de janeiro de 1959, quando Fidel Castro fazia sua entrada triunfal em Havana, à frente de seus guerrilheiros. Hoje, Cataneo é chamado de “o profeta”.

A lógica revolucionária limita o campo político a duas e somente duas posições. Quem não está comigo, está contra mim; quem não é revolucionário, é contra-revolucionário. Essa simplificação recebeu a benção filosófica de Lenin, que a transformou em dogma. Essa mesma frase foi repetida pelo presidente W. Bush, após os atentados de 11 de setembro de 2001, nos EUA.

Na década de 60 no Brasil, e em toda a América Latina, diversas organizações voltadas para a luta armada, influenciadas pelo êxito da revolução cubana e objetivando “acelerar o processo”, vislumbraram a possibilidade de substituir os tradicionais partidos comunistas pela guerrilha, baseados nos escritos de Che Guevara sobre a guerra de guerrilhas e de Regis Debray sobre o “foco guerrilheiro” e passaram a aplicar a doutrina acima enunciada: “quem não está comigo está contra mim”.

Muito já se escreveu na América Latina e no mundo sobre esse tema. As organizações guerrilheiras, surgidas dos setores radicalizados da pequena burguesia das cidades, priorizavam a luta armada, as ações imediatas, que serviriam de motor da revolução, negando, com essa prática, o papel histórico do proletariado, doutrinariamente reivindicado pelos partidos comunistas.

A teoria do “foco guerrilheiro”, materializada pelo sucesso de Fidel Castro e Che Guevara em Cuba, foi sistematizada na época por Regis Debray, um intelectual francês, em seu livro “Revolução na Revolução”, que lhe teria sido ditado por Fidel Castro. Posteriormente, já em 1974, Regis Debray, em outro livro, intitulado “A Crítica das Armas”, faria uma autocrítica, mas voltaria a justificar essa teoria com novos argumentos. Na década de 60, Debray – nascido na França em 1941 – era um jovem jornalista, formado em Sociologia e seduzido pelas idéias marxistas e ainda mais pela revolução cubana e pelo fotogênico espetáculo de uma ilha paradisíaca governada por audazes barbudos que preparavam o assalto final contra a fortaleza imperialista norte-americana, logo ali, a apenas 80 milhas.

Na época, em Cuba não faltavam os homens de ação, mas não existiam teóricos capazes de explicar em que lugar ficariam os partidos comunistas e as tradicionais organizações marxistas-leninistas ortodoxas. Desde uma perspectiva teórica tornava-se fundamental explicar a ruptura da guerrilha fidelista com o velho almanaque escrito por Marx e complementado por Lenin. Afinal, não estava escrito que o comunismo surgiria como conseqüência da luta de classes dirigida pela vanguarda revolucionária com base no proletariado, organizada pelo seu estado-maior, o partido comunista?

Foi atribuída a Debray, então, a tarefa de compor outro almanaque revolucionário para os novos tempos, a fim de justificar a tática cubana que ele denominou de “teoria do foco guerrilheiro”, uma vez que ele iria, seguramente, provocar a ira dos partidos comunistas tradicionais, todos dependentes do Ouro de Moscou.

Assim surgiu o livro “Revolução na Revolução”, já mencionado, que continha três teses fundamentais: a primeira advertindo que as revoluções na América Latina deveriam partir de um “foco” militar rural que, no momento adequado, daria à luz uma vanguarda política; a segunda, afirmava que quando se inverte a ordem dos fatores – criando primeiro a vanguarda política para depois gerar o “foco” – acarreta que a organização política converte-se num fim em si mesma e adia para um futuro distante a eclosão da luta armada; e a terceira indica o inimigo a ser destruído: “o imperialismo ianque e seus capatazes locais”.
Segundo Debray, Che Guevara dizia que uma das três regras de ouro era a desconfiança constante. Desconfiança de quem? Das massas, segundo Debray.
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Reflexao/Curiosidades/Relaxe
 
JARDINEIRO
  

Nos Estados Unidos, a maioria das residências têm por tradição ter em sua frente um lindo gramado e diversos jardineiros autônomos para fazer aparos nestes jardins. Um dia, um executivo de marketing de uma grande empresa contratou um desses jardineiros. Chegando em sua casa, o executivo viu que estava contratando um garoto de apenas 13 anos de idade, mas como já estava contratado, ele pediu para que o garoto executasse o serviço.
   Quando já havia terminado, solicitou ao executivo a permissão para utilizar o telefone, no que foi prontamente atendido. Contudo, o executivo não pôde deixar de ouvir a conversa. O garoto havia ligado para uma senhora e perguntara:
   - A senhora está precisando de um jardineiro?
   - Não. Eu já tenho um - respondeu.
   - Mas além de aparar, eu também tiro o lixo.
   - Isso o meu jardineiro também faz.
   - Eu limpo e lubrifico todas as ferramentas no final do serviço, disse ele.
   - Mas isso o meu jardineiro também faz.
   - Eu faço a programação de atendimento o mais rápido possível.
   - Não, o meu jardineiro também me atende prontamente.
   - O meu preço é um dos melhores.
   - Não, muito obrigada! O preço do meu jardineiro também é muito bom.
   Quando ele desligou o telefone, o executivo lhe disse:
   - Meu rapaz, você perdeu um cliente.
   - Não, respondeu o garoto. Eu sou o jardineiro dela. Eu apenas estava medindo o quanto ela estava satisfeita.
Pensamento: "Se não puder se destacar pelo talento, vença pelo esforço." Dave Weinbaum
O nome do canguru é um mal-entendido
O nome canguru, dado ao marsupiais da Austrália, resultou de mal-entendido. O explorador inglês James Cook, quando desembarcou na Austrália, em 1770, admirou-se ao ver tão estranhos animais e perguntou o nome a um nativo. A resposta foi: "Kangoroo". No dialeto local significa: "O que foi que disse?".

Prova da origem da vida está no sangue
A prova de que a vida começou nos oceanos e evoluiu até organismos complexos como o do homem está no teor de sal do sangue: é de 7 por mil, o mesmo da água do mar. A proporção se mantém na lágrima que evita o ressecamento dos olhos.
 
O CUCO
Hic ! Na noite passada, fui convidada para uma reunião com 'as meninas'. Eu disse a meu marido que estaria de volta meia-noite - 'prometo!'. Mas as horas passaram rápido e a champagne estava rolando solta. Por volta de 3 da manhã, bêbada feito um gambá, eu fui para casa. Mal entrei e fechei a porta, o cuco no hall disparou e 'cantou' 3 vezes. Rapidamente, percebendo que meu marido podia acordar, eu fiz 'cu-co' mais 9 vezes. Fiquei realmente orgulhosa de eu mesma por ter uma idéia tão brilhante e rápida (mesmo de porre) para evitar um possível conflito com ele. Na manhã seguinte, meu marido perguntou que a que horas eu tinha chegado, e eu disse a ele: meia-noite. Ele não pareceu nem um pouquinho desconfiado.Ufa! Daquela eu tinha escapado! Então, ele disse: 'Nós precisamos de um novo cuco.' Quando eu perguntei por que, ele respondeu: - Bom, esta noite nosso relógio fez 'cu-co' 3 vezes e depois disse 'car**ho!'. Fez 'cu-co' mais 4 vezes, pigarreou, cantou mais 3 vezes, riu, cantou mais 2 vezes. Daí tropeçou no gato, derrubou a mesinha da sala e pei*dou...
 
 
 

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